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Importação de produtos de beleza passa de R$ 2 bilhões neste ano

Brasil é o quarto maior consumidor mundial de itens de higiene e beleza; França é o país que mais envia produtos ao mercado brasileiro

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As estimativas do setor para este ano no Brasil são positivas, principalmente em razão dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento | Foto: Getty Images

As importações de produtos de beleza e higiene pessoal já somam mais de R$ 2 bilhões nos sete meses deste ano. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, perfumaria e cosméticos (ABIHPEC), de janeiro a julho o Brasil comprou US$ 409,5 milhões ou R$ 2,14 bilhões. As cifras, apesar de serem altas, representou queda de 3% em relação ao mesmo período de 2021.

Em julho, no entanto, as compras externas de produtos de beleza chegaram a US$ 60,6 milhões, apresentando aumento de 9,4% em comparação a julho de 2021, quando se importou US$ 55,4 milhões.

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De acordo com os dados, os itens mais importados em julho foram as fragrâncias, com US$ 14.6 milhões, seguido dos cremes para pele, protetores e bronzeadores, que somaram US$ 13,0 milhões. Higiene oral é a terceira categoria mais importada, com um total de US$ 5,7 milhões.

Os produtos franceses, incluindo perfumes e cosméticos, foram os mais importados no Brasil nos sete meses de 2022, de acordo com os dados da associação. Em valores, da França foram comprados US$ 82,4 milhões, o que lhe rendeu uma participação de 20,1%.

A China é o segundo mercado que mais envia produtos para o Brasil. De janeiro a julho, foram US$ 60,3 milhões em itens importados. A Espanha figura em terceiro no ranking de importações, com US$ 39,8 milhões.

O interesse do exterior pelo mercado brasileiro tem fundamento. O Brasil é o quarto maior consumidor de produtos de higiene e beleza do mundo, perdendo para os Estados Unidos, China e Japão. No ano passado, o faturamento do setor chegou a US$ 22,9 bilhões, sendo que a participação de produtos importados foi de 6,3%.

Neste ano, as vendas destes produtos até março, o último dado disponível, cresceram 6,5%, segundo a ABIHPEC. A comercialização de itens de higiene pessoal subiu 3,5%, os de perfumaria, 8,9% e cosméticos avançaram 3,6% no período.

Segundo a consultoria KPMG, as estimativas do setor para este ano no Brasil são positivas, principalmente em razão dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento das empresas nacionais.

O mercado global movimenta aproximadamente US$ 500 bilhões, de acordo com a KPMG e a evolução da área de pesquisa e desenvolvimento tende a fazer com que o setor ganhe ainda mais evidência, estimulando o consumo da população.

Segundo a associação do setor, o Brasil é o segundo mercado no mundo em número de lançamentos de produtos de higiene e beleza, perdendo apenas para os Estados Unidos.

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