Incorporadora chinesa Kaisa dá calote e é suspensa da bolsa de Hong Kong

As negociações dos papéis da incorporadora chinesa Kaisa foram suspensas na Bolsa de Hong Kong nesta quarta-feira, 8, após o vencimento, ontem, de um título de US$ 400 milhões sem indícios de que a empresa terá recursos para pagar credores.

Em comunicado, a companhia informou que os negócios com as ações seriam paralisados “aguardando a liberação pela de empresa de um anúncio contendo informações privilegiadas”.

A medida põe em foco a crise de liquidez no mercado imobiliário da China. A Evergrande também deixou de pagar US$ 82,5 milhões em juros que venceram no mês passado e admitiu que pode não ter fundos suficientes para honrar obrigações financeiras.

Incorporadora Aoyuan teve nota de crédito rebaixada e investidores temem pela Evergrande

Ontem a Fitch Ratings rebaixou a nota de risco da incorporadora China Aoyuan de “CCC-” para “C”. Foi a quarta vez em dois meses que o rating da endividada empresa chinesa é cortado pela agência.

Segundo a instituição, a revisão da nota da China Aoyuan reflete a visão de que um processo de default (calote) foi iniciado.

A decisão da Fitch evidencia a persistente crise de liquidez no mercado imobiliário da China.

Na última sexta-feira, 3, a Evergrande, segunda maior incorporadora do país asiático, alertou que poderia não ser capaz de cumprir obrigações financeiras.

Neste ano, a Evergrande tem sofrido para honrar dívidas com investidores de todo o mundo. A empresa deve mais de US$ 300 bilhões. (Com AE)