Como os indexadores afetam seus investimentos

Conhecidos como taxas de reajustes, os indexadores são usados para corrigir os preços do mercado financeiro e acompanhar as atividades econômicas. Saber sobre o seu  papel e como eles influenciam nos investimentos são partes cruciais para quem quer investir.

A rentabilidade de uma aplicação atrelada a algum indexador depende da situação desses indicadores. No mercado, existem alguns tipos, como a Taxa Selic, que servem como referência para o rendimento do produto.

Quer saber mais sobre os indexadores e como eles podem afetar as suas aplicações? Acompanhe.

O que são indexadores

Os indexadores financeiros são importantes ferramentas do mercado para acompanhar as atividades econômicas.

Os investimentos de renda fixa utilizam os indexadores para manter aspecto previsível da aplicação, pois servem como referência para o rendimento do seu investimento.  Confira abaixo as classes de investimentos e como os indexadores pode influenciar cada uma.

Investimentos prefixados

Os indexadores ligados aos investimentos com taxas prefixadas são aqueles que previamente foram mencionados ao iniciar as aplicações. Diferentemente dos outros tipos de tributação sobre os investimentos, os indexadores já são conhecidos pelo cliente.

Investimentos pós-fixados

As aplicações chamadas de pós-fixadas são aquelas em que os indexadores vão atuar no valor somente quando o dinheiro for resgatado ou na data de vencimento. Sendo assim, os investimentos sofrem variações, já que não possuem indexadores fixos.

Esse tipo de investimento está relacionado às taxas Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Os investimentos com taxas pós-fixadas possuem um perfil de cliente, que tem expectativas de que os valores subam e façam com que as aplicações tenham uma maior rentabilidade.

Investimentos mistos

Os investimentos mistos ou indexados à inflação são aplicações que misturam dois tipos de taxas: pré e pós-fixadas. Em outras palavras, o investimento terá uma taxa que tem um valor fixo e, somado à rentabilidade, terá outra, que sofre alterações.

Indexadores principais

Existem diversos indexadores e é necessário se atentar a qual investimento eles se aplicam, além de como afetam no cálculo dos seus rendimentos.

Taxa Selic

Selic é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Usada por várias aplicações, ela é mais conhecida por fazer parte do cálculo da poupança. A taxa é usada pelo Banco Central (BC) para controlar as operações ligadas a títulos de âmbito federal, além de contribuir para o controle da inflação.

A taxa Selic é o indexador utilizado como base para as operações de empréstimos de recursos no país. Portanto, ela considerada a taxa básica de juros na economia brasileira.

CDI

O Certificado de Depósito Interbancário, conhecido como CDI, são as médias de taxas de juros incidentes em empréstimos entre bancos. Assim como a taxa Selic, o CDI é um indexador que reflete as variações da economia.

Determinado pelo Banco Central, as instituições do mercado financeiro devem fechar os seus caixas com saldos positivos ao final de cada dia, por isso, as instituições que fecham com saldo extra fazem um empréstimo para as que não alcançaram o valor estipulado.

O CDI é uma operação de curto espaço de tempo, sendo assim age como título de garantia. Quando a Selic e o CDI estão baixos, reflete em crédito com juros menores para financiamentos e rendimentos mais baixos em investimentos de renda fixa.

IPCA

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é considerado o índice oficial de inflação do país. O cálculo é feito por meio da pesquisa mensal feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) usando a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).

A pesquisa é realizada com famílias de um a quarenta salários mínimos e que morem nas áreas metropolitanas brasileiras. Com os dados, o IBGE calcula a média de variações dos preços de serviços e produtos relacionando com o mês anterior, obtendo, assim, a medida da inflação.

IGPM

Muito semelhante ao IPCA, o chamado IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) também é o índice de medida da variação dos preços de serviços e produtos, ou seja, é o indicador econômico para apontar as variações de preços em um determinado período. 

A divulgação dos índices é realizada a cada 10 dias pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), que faz o acompanhamento mensal. É incomum encontrar o índice IGPM em investimentos, mas são mais usados em produtos que possuem variação do IGPM mais uma taxa fixa. Veja como é composto o cálculo desse indexador:

• 60% do IPA-M (Índice de Preços por Atacado);
• 30% do IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor);
• 10 do INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção).