Índia inicia exportação de vacinas, mas exclui o Brasil
Governo brasileiro aguarda a entrega de vacinas da Oxford/AstraZeneca, mas lista de exportações da Índia exclui o país
19/01/2021O governo da Índia vai exportar a partir desta quarta-feira, 20, matéria-prima para a produção de vacinas contra a covid-19 para seis países, mas o Brasil não está na lista.
A Índia informou que aguarda confirmação de autorizações regulatórias locais para enviar material a outros três países.
O governo brasileiro aguarda 2 milhões de doses de vacinas da Universidade de Oxford e da empresa AstraZeneca, adquiridas pela Fiocruz. As vacinas são produzidas na Índia.
Na semana passada, um avião chegou a ser enviado para buscar o material, mas parou em Recife antes de cruzar o Atlântico, diante da falta de confirmação por parte do governo indiano que as vacinas seriam enviadas.
Líder mundial em vacinas
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Índia diz que está fornecendo o material para Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e o arquipélago de Seicheles. Os países onde os trâmites legais ainda estão em andamento são Sri Lanka, Afeganistão e as Ilhas Maurício.
O texto informa ainda que, “em um esforço contínuo, a Índia continuará fornecendo vacinas a países em todo o mundo.
Isso será calibrado em relação aos requisitos domésticos, à demanda e a obrigações internacionais”, incluindo o material para a aliança global de vacinas, coordenada pela Organização Mundial de Vacinas, novamente sem nenhuma referência direta ao Brasil.
A Índia é um dos países mais populosos do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes e também o maior fabricante mundial de vacinas.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi ao Twitter comentar o envio dos imunizantes, dizendo que a índia está “profundamente honrada” por ser parceira de longa data com os demais países do mundo na produção de imunizantes. (AE)