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Inflação ao produtor acelera para 2,14% em julho

Inflação que mede os preços aos produtores e sinaliza inflação futura saltou de 0,81 em junho para 2,14% em julho

Sala de controle industrial

Índice mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços | Foto: Getty Images

Os bens de capital ficaram 2,14% mais caros na porta de fábrica em julho, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui a indústria extrativa e de transformação, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ocorre após os preços terem subido 0,81% em junho.

O IPP mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, ou seja, é repassada aos consumidores e tem impacto na inflação.

Os bens intermediários registraram avanço de 1,90% nos preços em julho, ante um aumento de 1,49% em junho.

Preços de bens de consumo sobem 1,98%

Já os preços dos bens de consumo subiram 1,98% em julho, depois de uma alta de 1,05% em junho. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram elevação de 0,76% em julho, ante alta de 1,92% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis subiram 2,22% em julho, após a elevação de 0,88% registrada em junho.

A alta de 1,94% do IPP em julho teve contribuição de 0,14 ponto porcentual de bens de capital; 1,12 ponto porcentual de bens intermediários; e 0,68 ponto porcentual de bens de consumo, sendo 0,64 ponto porcentual de bens de consumo semi e não duráveis e 0,04 ponto porcentual de bens de consumo duráveis.

Altas de preços por atividade

A alta nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica no mês passado foi decorrente de avanços em 20 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do IPP.

No mês de julho, as quatro maiores elevações de preços ocorreram nas atividades de metalurgia (3,68%), indústrias extrativas (3,61%), vestuário (3,45%) e refino de petróleo e produtos de álcool (3,26%).

As maiores contribuições para a inflação da indústria no mês foram de alimentos (alta de 2,09% e impacto de 0,49 ponto porcentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,32 ponto porcentual), indústrias extrativas (0,27 ponto porcentual) e metalurgia (0,27 ponto porcentual).

Segundo Felipe Câmara, analista do IPP no IBGE, a inflação da indústria mostra influência dos aumentos das commodities minerais, agropecuárias e do petróleo, o que impacta os preços de venda e os custos de produção das atividades de maior influência no mês.

“Um inverno mais rigoroso em 2021 e a entressafra de insumos importantes à fabricação de alimentos também contribuíram para deteriorar as condições de oferta de matéria-prima, pressionando as margens do produtor industrial desse setor”, completou Câmara, em nota divulgada pelo IBGE. (AE)

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