Índice mostra inflação mais disseminada entre os itens de consumo
Índice de difusão do IPCA cresceu de 64% em julho para 72% em agosto, indicando maior número de produtos com aumentos de preços
09/09/2021O índice de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços na cesta de consumo, passou de 64% em julho para 72% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Foi o maior índice de difusão no ano de 2021”, apontou André Almeida, analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. Significa que a inflação está mais disseminada pela cesta de produtos consumidos pelas famílias.
O resultado de agosto foi o mais elevado desde dezembro de 2020, quando o índice de difusão também foi de 72%.
A difusão de itens alimentícios saiu de 64,29% em julho para 72,02% em agosto, enquanto a difusão de itens não alimentícios passou de 63,16% para 71,77%.
Oito dos nove grupos da pesquisa de inflação registraram inflação
No mês de agosto, houve alta de preços em oito dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A única deflação ocorreu em Saúde e Cuidados pessoais, -0,04%.
As famílias gastaram mais com Alimentação e Bebidas (1,39%), Habitação (0,68%), Artigos de Residência (0,99%) Vestuário (1,02%), Transportes (1,46%), Despesas Pessoais (0,64%), Comunicação (0,23%) e Educação (0,28%).
Dados da pesquisa por regiões do Brasil
Todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram altas de preços em agosto. O resultado mais brando foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (0,43%), enquanto a maior taxa ficou com Brasília (1,40%).
O IPCA acumulado em 12 meses já alcança dois dígitos, ou seja, ultrapassou a marca de 10%, em oito regiões: Vitória (11,07%), Curitiba (12,08%), Goiânia (10,54%), Campo Grande (11,26%), São Luís (11,25%), Porto Alegre (10,42%), Rio Branco (11,97%) e Fortaleza (11,20%). (AE)