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Satisfação com a vida é a mais alta desde 2014

Avanço das vacinas e depósitos do auxílio emergencial deixam as pessoas mais felizes, mas medo do desemprego cresce

Satisfação com a vida na pandemia

Mesmo com o isolamento social, entrevistados demonstraram mais satisfação com a vida / Foto: Getty Images

Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou melhora no Índice de Satisfação com a Vida dos brasileiros.

O índice alcançou 70,2 pontos em dezembro de 2020, ficando acima da sua média histórica de 69,6 pontos. De acordo com a CNI, isso não ocorria desde 2014. 

Para o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca, o resultado pode estar relacionada à percepção, no início de dezembro, de melhora da crise sanitária e econômica. E também com o auxílio emergencial que proveu maior segurança econômica às famílias de baixa renda.

Na avaliação da CNI, o aumento deste índice foi maior entre os entrevistados com renda familiar até dois salários mínimos.

A satisfação com a vida é maior entre os mais jovens. O índice cai de 72,8 pontos, entre os entrevistados com 16 anos a 24 anos de idade, para 68,9 pontos entre os com 55 anos ou mais.

Para fazer esse levantamento, a CNI entrevistou duas mil pessoas em 126 municípios, entre 5 e 8 de dezembro. As entrevistas foram feitas pelo Ibope Inteligência.

O índice tende a crescer, com a retomada da economia brasileira desde o final do ano passado. Para os analistas do Banco Safra, a economia brasileira tende a melhorar em 2021, podendo haver crescimento expressivo do PIB, assim como como diminuição do déficit primário e da taxa de desemprego, entre outros indicadores promissores.

Cresce o medo de perder o emprego

O medo de perder o emprego é crescente entre os brasileiros, e a preocupação é maior entre mulheres, jovens com idade entre 16 e 24 anos, profissionais com baixa escolaridade e moradores de periferias.

É o que aponta a pesquisa Índice do Medo do Desemprego, divulgada pela CNI. Segundo o estudo, o índice ficou em 57,1 pontos, na medição feita em dezembro de 2020 – número que se encontra acima da média histórica de 50,2 pontos.

“No trimestre, o indicador subiu 2,1 pontos na comparação com setembro do ano passado e está um ponto acima do registrado em dezembro de 2019”, disse a CNI.

Quando o recorte abrange o público feminino, o indicador (que mede o medo de perder o emprego) fica ainda maior, chegando a 64,2 pontos. Entre os homens, o índice está em 49,4 pontos. Nos dois casos a CNI identificou aumento do medo do desemprego, na comparação com setembro.

Levando em conta o grau de instrução dos entrevistados, o perfil que apresentou nível maior de medo é o de pessoas com grau de instrução inferior ao ensino médio completo, ficando em 59,1 pontos entre os que estudaram até a 4ª série da educação fundamental, e em 59,2 pontos entre os com instrução entre a 5ª e a 8ª série.

“O temor também cresceu entre os entrevistados com educação superior”, afirma a CNI. Nesse caso, o índice passou de 50,1 pontos em setembro para 54,7 pontos em dezembro. “Ainda assim, esse grupo da população [é o que] apresenta o menor índice de medo do desemprego entre os estratos por grau de instrução”, explica a entidade.

Moradores das periferias também estão entre os que apresentaram maior crescimento no Índice do Medo do Desemprego, passando dos 55,9 pontos de setembro para 65,5 pontos em dezembro. Tendo como recorte os residentes nas capitais, o índice ficou em 57,5 pontos . Já os moradores das cidades do interior registraram um índice de 55,2 pontos.

(Com Agência Brasil)

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