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Carne e bebidas pressionam a inflação e favorecem ações da Ambev e frigoríficos

Dados do IBGE mostram desempenho misto nos preços de alimentação e bebidas no terceiro trimestre, com alta na inflação de bebidas e carnes e queda nos demais itens

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Dados mostram tendência acelerada de inflação alimentar, impulsionada pelo aumento dos preços da carne e das bebidas | Foto: Getty Images

O Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) divulgou seu índice mensal de preços ao consumidor (IPCA) para setembro de 2024, mostrando uma tendência acelerada de inflação alimentar, impulsionada pelo aumento dos preços da carne e das bebidas. Os preços de cerveja e refrigerantes aumentaram em média de um dígito, indicando uma dinâmica positiva contínua para a Ambev.

Quanto às proteínas, os números mostram preços mais altos para os itens in natura, consistentes com uma melhoria na demanda no mercado interno brasileiro. Entre as empresas do universo de cobertura do Safra, a BRF é a mais exposta à carne de porco, aves e carnes processadas, seguida pela JBS, enquanto a Minerva é a mais exposta à carne bovina.

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Entre outras categorias de alimentos selecionados, os preços do arroz permaneceram significativamente mais altos no ano, mas perderam vapor sequencialmente, enquanto feijões, massas e biscoitos continuaram a pós-deflação no ano, mas em uma magnitude menor sequencialmente.

A inflação da cerveja foi de +5,5% em setembro, enquanto a inflação dos refrigerantes chegou a +5,7% em julho. O IPCA em
cerveja caseira aumentou 0,4% no mês de setembro e 5,8% no ano de setembro, e a componente cerveja caseira aumentou
0,1% no mês de março e 5,2% no ano de setembro.

Como resultado, o Banco Safra continua a ver aumentos sólidos de preços no terceiro trimestre. Assim, o banco também espera que a receita por hectolitro da Ambev Cerveja Brasil aumente nos resultados do terceiro trimestre, embora em
menor magnitude devido à aparente mudança de canal para o consumo fora dos estabelecimentos, consistente com a tendência dos últimos dois trimestres.

Adicionalmente, em setembro o IPCA de refrigerantes aumentou 0,4% no mês e 5,7% a/a, em média (com aumentos de 0,6% no mês em casa e 0,2% no mês fora de casa).

na avaliação do Banco Safra, a Ambev continuou a implementar aumentos de preços na NAB Brasil acima dos níveis de inflação no 3T24, impulsionado por um efeito de mistura em linha com a tendência observada nos trimestres anteriores.

Inflação proteica claramente acelerada, exceto para carnes processadas

Os preços ao consumidor de carnes in natura (incluindo carne bovina, suína e frango) mostraram uma tendência de aceleração contínua em setembro.

A inflação do gado bovino atingiu +2,0% no ano, vs. -3,1% em agosto. Os preços do porco subiram 9,5% no ano em setembro vs. +4,7% no mês anterior. Por último, os preços os frangos aumentaram 8,6% em setembro, também acelerando de 7,7% em agosto.

Enquanto isso, o IPCA em carnes processadas (incluindo peixe) continuou a cair ano após ano (-2,6%), embora menos do que os -3,4% observados em agosto.

Estes movimentos de preços parecem consistentes com a forte demanda por proteínas no mercado interno. No que se refere às carnes processadas, o maior declínio veio da salsicha de cachorro-quente, o que pode ser explicado pela recente expansão da capacidade na indústria.

Dados de inflação mista para outros itens alimentares. Macarrão foi o único componente nas categorias de alimentos
selecionadas (arroz, feijão, macarrão, biscoitos e margarina) cujos preços aumentaram acima da média do IPCA (+1,4% no mês), mas ainda estavam -1,5% no ano.

Enquanto isso, em termos anuais, os preços do arroz permaneceram significativamente mais altos (+23,9% a/a), enquanto os preços dos feijões, massas alimentícias, biscoitos e margarina continuaram a deflacionar.

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