Inflação desacelera, mas acumula 4,56% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de janeiro indica aumento da inflação acumulada em 12 meses
09/02/2021A inflação oficial de janeiro foi de 0,25%, com desaceleração em relação à taxa de dezembro, que fechou em 1,35%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro indica inflação acumulada em 12 meses de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em janeiro de 2020, a variação do IPCA foi de 0,21%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro.
A maior variação (1,02%) e o maior impacto (0,22 ponto porcentual) vieram do grupo Alimentação e bebidas.
A segunda maior contribuição positiva (0,08 ponto porcentual) veio dos Transportes (0,41%) e a segunda maior variação, dos Artigos de residência (0,86%).
O grupo Habitação, por sua vez, caiu em relação ao mês anterior (-1,07%), com o maior impacto negativo (-0,17). Os demais grupos ficaram entre o recuo de 0,07% em Vestuário e a alta de 0,39% em Despesas pessoais.
Alimentos e bebidas pesam no bolso
O grupo Alimentação e bebidas (1,02%) desacelerou na comparação com o resultado de dezembro (1,74%).
Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, variaram 1,06% em janeiro, resultado influenciado especialmente pela alta menos intensa das frutas (2,67%) e pela queda no preço das carnes (-0,08%).
As variações desses dois itens em dezembro haviam sido de 6,73% e 3,58%, respectivamente.
Por outro lado, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, subiram em janeiro, contribuindo com um impacto conjunto de 0,03 ponto porcentual.
No lado das quedas, os destaques, além das carnes, foram o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%), que acumulou alta de 103,79% em 2020.
Comida fora de casa ficou mais cara
A alimentação fora do domicílio seguiu movimento inverso, passando de 0,77% em dezembro para 0,91% em janeiro, particularmente por conta da alta do lanche (1,83%).
Nos Transportes (0,41%), a desaceleração frente ao mês anterior (1,36%) deve-se, em grande medida, às passagens aéreas (-19,93%), cujos preços haviam subido 28,05% em dezembro.
Os combustíveis (2,13%), por sua vez, apresentaram variação superior à do mês passado (1,56%), com destaque para a gasolina (2,17%) e o óleo diesel (2,60%).
Carro novo ficou mais caro
Os preços dos automóveis novos (1,31%) também subiram, contribuindo com 0,04 ponto porcentual no resultado do mês.
A deflação observada no grupo Habitação (-1,07%) decorre especialmente da queda de 5,60% no item energia elétrica, que foi, individualmente, o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 ponto porcentual) .
Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (contra R$ 6,243 no caso da bandeira vermelha patamar 2).