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Inflação desacelera para 0,58% em janeiro com queda da gasolina

Combustíveis e transportes apresentaram redução na pesquisa da inflação em janeiro, mas alimentos pressionaram o IPCA-15

IPCA

Os maiores impactos vieram da cebola (17,09%), das frutas (7,10%), do café moído (6,50%) e das carnes (1,15%) | Foto: Getty Images

A prévia da inflação desacelerou para 0,58% em janeiro, após a alta de 0,78% no mês anterior. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,20%, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,78%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (26) pelo IBGE.

Esse resultado foi influenciado pelo recuo nos transportes (-0,41%), principalmente, com a queda nos preços da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%). Os dois subitens contribuíram com -0,12 p.p. cada no IPCA-15 de janeiro. Além disso, etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%) também tiveram variações negativas no período.

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Com exceção dos transportes, os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro. Em alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio acelerou para 1,03%. Os maiores impactos vieram da cebola (17,09%), das frutas (7,10%), do café moído (6,50%) e das carnes (1,15%). Por outro lado, houve queda nos preços da batata-inglesa (-9,20%), do arroz (-2,99%) e do leite longa vida (-1,70%), que já haviam recuado no mês anterior.

A alimentação fora do domicílio (0,81%) também acelerou em relação a dezembro (0,08%). O lanche passou de queda de 3,47% para alta de 1,25%, enquanto a refeição ficou com 0,63% de alta, resultado inferior ao do mês anterior (1,62%).

Higiene pessoal Pressiona inflação

No grupo saúde e cuidados pessoais (0,93%), o destaque foram os itens de higiene pessoal (3,79%). No lado das quedas, o plano de saúde recuou 0,69%. Em dezembro, foi incorporada a última fração mensal do reajuste anual que havia sido suspenso em 2020 e que foi aplicado a partir de janeiro de 2021. Com isso, restou apenas a fração referente ao reajuste negativo de -8,19% anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado, aplicado a partir do IPCA-15 de julho.

Em habitação (0,62%), o maior impacto (0,06 p.p.) foi do aluguel residencial, com alta de 1,55%. Houve ainda alta no gás encanado (8,40%), consequência de um reajuste em São Paulo. A energia elétrica, subitem de maior peso dentro do grupo, desacelerou para 0,03% em janeiro. A variação positiva da taxa de água e esgoto (0,28%) decorre do reajuste de 9,05% ocorrido em Salvador.

Maior variação no IPCA-15 de janeiro, vestuário subiu 1,48%, com alta em todos os itens, entre eles, roupas masculinas (2,35%), roupas femininas (1,19%) e calçados e acessórios (1,20%). Já nos artigos de residência (1,40%), os destaques foram os eletrodomésticos e equipamentos (2,26%) e os itens de mobiliário (2,04%). Os demais grupos ficaram entre o 0,25% de educação e o 1,09% de comunicação.

IPCA-15 tem alta em todas as áreas pesquisadas

A pesquisa mostra também que todas as áreas pesquisadas tiveram alta em janeiro. A maior variação foi da região metropolitana de Salvador (1,08%), cujo resultado foi puxado pelos itens de higiene pessoal (4,57%) e pelas frutas (9,90%). Já o menor resultado ocorreu em Brasília (0,19%), influenciado pelas quedas nos preços da gasolina (-4,89%) e das passagens aéreas (-14,37%).

O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Veja os resultados completos no Sidra.

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