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Inflação para os idosos sobe quase 5,7% em 2020

Alimentos pesaram no índice de preços para a 3ª idade medido pela FGV. Indicador fechou 2020 acima da taxa de inflação geral do país

Mulher levando compras de alimentos em sacola com braços dados a homem idoso

Preço dos alimentos subiu em média 5,91% no quarto trimestre de 2020, ante 2,74% no terceiro trimestre | Foto: Getty Images

A inflação sentida pela população idosa terminou o ano de 2020 com avanço de 5,69%. O registro é do Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), divulgado nesta terça-feira, 12, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O indicador mede a variação da cesta de consumo de famílias brasileiras majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade.

De acordo com a FGV, o IPC-3i passou de um avanço de 1,93% no terceiro trimestre para uma elevação de 2,81% no quarto trimestre de 2020.

A alta acumulada para o público da 3ª idade no ano passado é maior do que os 4,52% de aumento da inflação do país, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Este último indicador também foi divulgado nesta terça-feira, pelo IBGE.

O indicador de preços para os idosos também fechou acima do índice de inflação geral medido pela própria FGV. O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR) terminou 2020 com alta de 5,17%.

Alimentação pesou na inflação para os idosos

Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas.

A principal contribuição partiu do grupo Alimentação, que passou de uma alta de 2,74% no terceiro trimestre para 5,91% no quarto trimestre.

O item hortaliças e legumes saiu de uma queda de 17,05% para uma elevação de 15,79% no período.

Os demais acréscimos ocorreram nos grupos: Habitação (de 1,72% para 3,40%), Vestuário (de -0,73% para 0,54%) e Educação, Leitura e Recreação (de 4,65% para 5,40%).

Houve influência dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de 3,91% para 11,68%), roupas (de -1,00% para 0,54%) e cursos formais (de -2,04% para 1,76%).

Grupos que ‘aliviaram’ a alta

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 2,89% para 2,23%), Comunicação (de 0,92% para 0,42%), Despesas Diversas (de 0,86% para 0,45%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,44% para 0,39%).

Os destaques partiram dos itens: gasolina (de 8,64% para 3,40%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 1,68% para 0,32%), serviços bancários (de 1,04% para 0,30%) e medicamentos em geral (de 1,37% para 0,46%). (AE)

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