Inflação no Reino Unido sobe 9,1% e atinge nova máxima em 40 anos
Índice CPI sobe 9,1% em maio puxado por alimentos e combustíveis. Bolsas europeias operam em queda após divulgação do dado e à espera do discurso do presidente do Federal Reserve
22/06/2022
Aumento dos preços dos combustíveis no Reino Unido na comparação anual chega a 32,8%, o maior desde 1989 | Foto: Getty Images
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 9,1% em maio de 2022 ante igual mês do ano anterior.
O resultado representa a maior máxima em 40 anos e uma aceleração em relação ao ganho anual de 9% observado em abril – que já havia chegado esse posto.
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Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 22, pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).
Mesmo com o a alta, o resultado da inflação do Reino Unido de abril foi 0,1 ponto percentual abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam crescimento de 9,2%.
Em relação a abril, o CPI do Reino Unido avançou 0,7% em maio, em linha com a projeção do mercado.
O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, aumentou 0,7% em maio ante o mês anterior e registrou acréscimo anual de 5,9%. As projeções para os critérios eram de alta de 0,7% e 6,2%, respectivamente.
Conforme o ONS, a escalada de preços em solo britânico é puxada pelos alimentos e bebidas não alcoólicas, que crescem ao maior ritmo anual desde 2009. Nesse contexto, os preços do pão, dos cereais e da carne são os que mais sobem.
Além disso, o ONS destaca a elevação nos preços dos combustíveis que, assim como em todo o mundo, têm registrado recordes. O aumento na comparação anual chega a 32,8%, o maior desde 1989.
Inflação do Reino Unido e Jerome Powell impactam bolsas
Como reflexo da divulgação do CPI britânico, as bolsas europeias operam majoritariamente em queda nesta quarta-feira.
Às 8h, Londres, operava em queda de 0,71%; Frankfurt caía 1,16%; Paris recuava 1,25%, Madrid outros 0,74% e Stoxx600 apresentava baixa de 1,11%.
Além disso, os investidores de todo o mundo aguardam pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Powell testemunhará no Senado americano perante o Comitê Bancário da Casa, o que tem alto potencial de influencias os mercados, que ajustam as expectativas para o ritmo de aperto monetário do Fed. (Com AE)
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