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Inflação bate recorde na Zona do Euro e acelera nos Estados Unidos

Índice europeu subiu 7,5% em abril, sexta alta recorde consecutiva. Nos EUA, aceleração de 6,6% dos preços em março coloca mais pressão sobre o Federal Reserve

Perspectiva de cima para baixo de mulher fazendo compras em mercado na Europa, alusivo à inflação por lá e nos EUA

Preço da energia foi o principal impulsionador da inflação na Europa, que sofre com as incertezas sobre a guerra na Ucrânia | Foto: Getty Images

Movimento presente em todo o mundo, a escalada inflação atingiu um novo recorde na Zona do Euro e manteve o ritmo de aceleração nos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira, 29, o Banco Central Europeu divulgou que a subida dos preços nas 19 nações-membros chegou a 7,5% em abril na comparação anual. Em março, a inflação registrou alta de 7,4%. Este é o sexto recorde consecutivo de alta do índice.

No caso dos EUA, o PCE, índice mensurado pelo Bureau de Análises Econômicas e o preferido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), subiu 6,6% em março. Já o núcleo do índice, que exclui preços mais voláteis de alimentos e energia, teve crescimento foi de 5,2%.

A divulgação na Europa ocorre em meio a preocupações com a guerra em andamento na guerra da Ucrânia e o impacto subsequente no suprimento de energia do continente.

O aumento dos preços da energia, que chegou a 38% neste mês em base anual, inclusive, foi o que mais contribuiu para a taxa de inflação da Zona do Euro, embora tenha sido um pouco menor do que no mês anterior. Em março, a alta foi de 44,4%.

Saiba mais

No início desta semana, a gigante russa de energia Gazprom interrompeu o fluxo de gás para a Polônia e a Bulgária, que fazem parte da União Europeia, por não pagar pelo fornecimento em rublos.

O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, tentou tranquilizar os mercados, dizendo que a Zona do Euro está perto de atingir o pico de inflação. Na visão da autoridade monetária europeia, a inflação deve diminuir no segundo semestre deste ano.

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Ritmo da inflação dos EUA

Embora o PCE de março tenha ficado 0,1 ponto percentual abaixo do registrado em fevereiro, o resultado ajudou a manter o ritmo mais acelerado de escalada da inflação em 40 anos.

Incluindo os preços de alimentos e energia, a aceleração de 6,6% do PCE é a maior desde janeiro de 1982.

Em relação a fevereiro, o índice de preços dos EUA subiu 0,9%, acima das projeções e mercado por lá, de 0,5%.

Com o resultado do PCE de março, se consolidam ainda mais as expectativas do mercado de um aperto monetário ainda mais firme pelo Fomc - comitê do Fed que define os juros americanos. A próxima reunião acontecerá em 3 e 4 de maio.

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