close

Governo prevê R$ 137 bi de investimentos em 2021

Valor deve vir de concessão e vendas de rodovias, ferrovias, aeroportos e portos. Até o final de 2022, concessão pode mobilizar R$ 264 bilhões

Rodovia

Leilão de concessão da Via Dutra deve garantir investimento de R $14,5 bilhões / Foto: Getty Images

O Ministério da Infraestrutura prevê contratar R$ 137,5 bilhões em investimento no próximo ano, com leilões, renovações de concessão e privatização envolvendo mais de 50 ativos.

Na lista estão a concessão de 23 aeroportos e de 17 terminais portuários, além da Ferrogrão e do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Também estão na relação 11 lotes de rodovias e a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa).

Os leilões de privatização devem render quase R$ 3 bilhões em outorga para o governo. Os números foram informados pelo Ministério da Infraestrutura nesta segunda-feira, 14.

No setor rodoviário, um dos destaques da lista é o leilão da nova concessão da rodovia Presidente Dutra, que liga Rio de Janeiro e São Paulo, em que o governo prevê investimentos da ordem de R $14,5 bilhões.

Também irão a leilão no próximo ano os trechos da BR-163/230 (MT-PA), BR-381/262 (MG-ES), BR-116/493 (RJ-MG), BR-153/080/414 (GO-TO), e as Rodovias Integradas do Paraná.

Entre os projetos ferroviários, além da concessão da Fiol e da Ferrogrão, o governo pretende assinar o contrato de renovação antecipada da MRS Logística. A previsão inicial era de que a maioria desses ativos fosse leiloada ainda em 2020.

Na aviação, está previsto para março a 6ª rodada de concessões aeroportuárias, com a transferência de 22 terminais hoje operados pela Infraero para a iniciativa privada.

Também haverá relicitação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), já que a concessionária que administra o terminal desde 2014 entrou com o pedido de devolução em março deste ano.

O ministério ainda prevê para o 2º trimestre de 2021 executar a alienação da participação da Infraero nas concessionárias dos Aeroportos Internacionais de Guarulhos (SP), Brasília (DF), Galeão (RJ) e Confins (MG).

Na área portuária, além da desestatização da Codesa, a pasta planeja realizar leilões de 17 arrendamentos portuários, entre eles quatro terminais no Porto de Itaqui (MA), dois no Porto de Santos (SP) e dois no Porto de Paranaguá (PR).

Balanço de 2020

Segundo o Ministério,  foram entregues 86 obras consideradas prioritárias até o momento em 2020. O ministério destacou 1.259 km de novas estradas em todas as regiões do país, incluindo a nova Ponte do Guaíba, no Rio Grande do Sul; 43 km de duplicação na BR-381/Minas Gerais, 50 km de duplicação na BR-101/Nordeste, 37 km de pavimentação na BR-419/Mato Grosso do Sul e 32 km de pavimentação na Transamazônica (BR-230/Pará), entre outras obras nas cinco regiões do Brasil.

Do programa de concessões, a previsão é fechar o ano com 12 ativos de infraestrutura transferidos à iniciativa privada, entre 9 leilões e 3 inéditas renovações antecipadas.

“Isso representa cerca de R$ 31 bilhões de investimentos privados contratados, o que equivale a mais de três vezes o orçamento do ministério previsto para 2020”, comunicou a pasta.

Em dois anos, R$ 264 bilhões

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta segunda-feira que a pasta pretende contratar R$ 264 bilhões até o final de 2022 no programa de concessões.

O fato de vários leilões programados para este ano terem sido reagendados para 2021 não compromete esse cronograma, afirmou o ministro.

Segundo o ministro, nos últimos dois anos, a pasta já promoveu 32 leilões ou renovações antecipadas, com R$ 26 bilhões de investimentos contratados e R$ 8,6 bilhões em outorgas para a União.

( Agência Estado)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra