Oportunidades em tecnologia na atual temporada de balanços
Economia americana deve desacelerar crescimento das sete principais Big Techs, mas projeção ainda é de alta de 10% nos resultados deste ano
17/07/2024
Loja na sede do Google, que faz parte da Alphabet e compõe as chamadas “Magnificent 7“ | Foto: Mark Wickens/Blog.Google
A temporada de balanços de empresas de capital aberto dos EUA do segundo trimestre chegou e fica aquecida até o dia 3 de agosto. O índice S&P 500, que reúne as 500 empresas mais relevantes listadas nas duas maiores bolsas de valores do mundo, tem projeção de crescimento. Um olhar ainda mais apurado para as Magnificent 7 (Apple, Amazon, Google, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla), que têm mostrado resultados muito relevantes, ainda pode render boas oportunidades – mesmo com uma desaceleração de valorização prevista.
O cenário atual exige atenção redobrada às expectativas de lucro e aos indicadores macroeconômicos dos EUA, segundo uma análise macroeconômica do J Safra Sarasin, instituição financeira suíça que faz parte do Grupo Safra. A atual temporada de lucros oferece oportunidades, mas requer cautela diante das possíveis revisões negativas nos próximos meses.
Ainda magnificas, mas com desaceleração
O grupo formado pelas Big Techs Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla demonstrou números muito expressivos nos últimos tempos. Em dezembro do ano passado, por exemplo, a soma de ganhos das empresas no ano alcançou uma média de 64%, com a Nvidia valorizando próximo de 220%. O índice S&P 500, como um todo, cresceu pouco mais de 20%.

A alta valorização rendeu às sete empresas de tecnologia o apelido de “Magnificent 7” – em tradução livre, as “sete magnificas”. As projeções do J Safra Sarasin para essa temporada de balanços dessas companhias mostram um crescimento próximo de 10% – um número ainda substancial, mas que marcaria uma leve desaceleração em relação aos últimos três trimestres.
O consenso de mercado estima que o crescimento do lucro por ação anual do S&P 500, que vem sendo puxado para cima pelas companhias de tecnologia, fique em torno de 9% este ano. O valor é semelhante ao observado no primeiro trimestre, que já demonstrou resultados sólidos e crescentes.

Breque vem de macroeconomia instável nos EUA
Os dados macroeconômicos americanos estão mais tímidos, como o Índice de Atividades Industriais (ISM) de junho mais baixo desde 2020. Para o J Safra Sarasin, este e outros índices apontam para um sinal de alerta para os lucros das empresas.
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Embora as projeções indiquem que o crescimento dos lucros possa se manter sólido, os fatores econômicos americanos podem tornar os resultados menos expressivos do que no primeiro trimestre deste ano – e, a depender do andamento da macroeconomia dos EUA, revisões mais baixistas podem estar a caminho.
As análises da instituição relembram, ainda, que o patamar para a superação dos lucros é bastante elevado. As revisões descendentes durante essa temporada, portanto, são esperadas e típicas de ajustes do mercado acionário.
É possível aplicar nas sete magnificas em um só investimento

Os números das Big Techs que compõe o seleto grupo das Magnificent 7 despertaram atenção do investidor brasileiro. Consequentemente, instituições especializadas em investimentos desenham produtos que captam o potencial desses ativos. Em alguns casos há, inclusive, a proteção do capital do investidor, uma garantia em um cenário de eventuais revisões para baixo desses ativos.
É o caso do J Safra 7 Big Techs, novo produto do Banco Safra que faz parte do portfólio do J Safra Global Solutions. Com um investimento mínimo de R$ 10 mil e vencimento em 36 meses, o cliente da instituição pode investir no Certificado de Operações Estruturadas (COE) vinculado às ações de Apple (AAPL UW), Amazon (AMZN UW), Google (GOOGL UW), Meta (META UW), Microsoft (MSFT UW), Nvidia (NVDA UW) e Tesla (TSLA UW).
Na estrutura, a variação positiva rentabiliza o investidor com a variação do ativo multiplicada pela aderência de alta de 100%. O limitador de alta fica em 180% e configura a rentabilidade máxima deste produto. A proteção de capital Investido se dá caso a variação percentual fique igual ou abaixo do índice inicial no vencimento.

