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Rede D’Or pretende levantar R$ 11,4 bilhões na Bolsa

Abertura de capital da empresa de saúde é a terceira maior registrada na B3, atrás apenas de Santander e BB

Cena de médico vestindo luvas hospitalares

Rede deve concluir terceiro maior IPO da história do país, atrás de Santander e BB /Foto: Getty Images

A Rede D’Or, uma das maiores empresas de saúde do Brasil e dona de uma rede com 51 hospitais próprios com as marcas Rede D’Or e São Luiz, precificou sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nesta terça, 8 de dezembro, de modo a levantar R$ 11,4 bilhões na Bolsa.

A abertura de capital da companhia é o terceira maior registrada na B3 e praticamente encerra um ano em que o volume de ofertas ultrapassou os R$ 100 bilhões.

O maior IPO da história da bolsa foi o do banco Santander, feito em 2009, com captação de R$ 13,2 bilhões, seguido pela abertura da BB Seguridade, em 2013, que atingiu R$ 11,5 bilhões.

A Rede D’Or estreia suas ações amanhã (dia 10) em bolsa e já chega com um valor de mercado estimado em R$ 100 bilhões, que é o maior entre as empresas de seu segmento, como Notre Dame Intermédica e Hapvida, avaliadas em R$ 43 bilhões e R$ 50 bilhões, respectivamente. A Qualicorp vale perto de R$ 10 bilhões atualmente.

A oferta da Rede D’Or foi concluída com a emissão de 196,6 milhões de ações, incluindo os lotes suplementar e adicional, emitidos exclusivamente para a oferta secundária de 50,9 milhões de ações e saída de atuais acionistas.

A família Moll, do Rio de Janeiro, é detentora de 57,4% das ações ordinárias, participação que deve cair para 53% após a oferta.

Em outras palavras, a família deve continuar no controle. Dos 38% que estão em circulação no mercado, o fundo soberano GIC detém 25,93%.

Com metade dos recursos levantados na oferta primária, que somaram R$ 8,4 bilhões, a Rede D’Or deve prosseguir com sua trajetória de aquisições, que somam 37 operações ao longo dos últimos anos. Assim, ampliará a rede de hospitais e clínicas oncológicas da marca.

A outra metade do dinheiro captado deverá ser direcionada à construção de hospitais, outro caminho para expandir a rede.

Fundado em 1977 pelo cardiologista Jorge Moll Filho, o grupo já é dono da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná e Ceará e no Distrito Federal.

O grupo tem como prioridade o segmento de clínicas oncológicas, no qual tem a segunda maior rede, com 39 unidades. Também tem uma parcela grande dos negócios em laboratórios de análises clínicas e de imagem.

De 2009 a 2019, a empresa viu seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (o Ebitda) subir 42% e chegar a R$ 3,7 bilhões. As receitas líquidas somaram R$ 13,3 bilhões no ano passado e chegaram a R$ 9,9 bilhões nos nove primeiros meses de 2020.

(Agência Estado)

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