Itaú lucra R$ 10,7 bi no trimestre; Safra reitera recomendação de compra

O Itaú registrou um lucro recorrente de R$ 10,7 bilhões no 3º trimestre de 2024, crescimento de 18,1%, em relação ao resultado do mesmo período do do ano passado. O Banco Safra reitera a recomendação da ação do Itaú como destaque no setor financeiro.

Os resultados do terceiro trimestre do Itaú reforçam a capacidade do banco de aumentar as receitas e construir capital com um forte nível de ROE de 23%, o que, na avaliação dos especialistas do Banco Safra, mais do que justifica seu nível de negociação de quase 1,8x P/VP. O aumento de 3% do lucro por ação (LPA) em relação à estimativa do Safra foi explicado, em grande parte, pela reversão da provisão de Americanas.

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Olhando para o lucro pré-provisionamento, o resultado teria ficado abaixo da estimativa do Safra em -1,6%, pois as receitas mais fortes foram compensadas por gastos operacionais mais fortes que o habitual no terceiro trimestre relacionados a marketing (grandes eventos como Rock in Rio e 100o aniversário do Itaú), sem falar da convenção coletiva de setembro.

O Banco Safra reitera a preferência pelo Itaú Unibanco entre os bancos, destacando o ROE do banco de 24% no Brasil e um sólido coeficiente de capital básico de 13,7%, bem acima dos pares, especialmente considerando as mudanças regulatórias previstas para 2025 e a piora das perspectivas macroeconômicas.

Resultados do Itaú no 3º trimestre

O lucro por ação do Itaú está em R$ 4,08, somados os resultados dos últimos 12 meses. O lucro líquido contábil ficou em R$ 10,2 bilhões, alta de 35,2%, na comparação com o terceiro trimestre de 2023.

A carteira de crédito subiu 7,8% para R$ 1,3 trilhão, na comparação com o ano passado. A margem financeira gerencial foi de R$ 28,5 bilhões, crescimento de 8,5%.

A inadimplência caiu 2,7%. A despesa com provisões para devedores duvidosos (PDD), por sua vez, ficou em R$ 8,2 bilhões no terceiro trimestre, queda de 11%, ante o terceiro trimestre do ano passado.