Jogos Paralímpicos de Tóquio: tudo sobre a participação do Brasil

Após um campanha histórica nas Olimpíadas, a delegação brasileira inicia nesta terça-feira, 24, a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

A cerimônia de abertura acontecerá às 8h (horário de Brasília), e terá transmissão ao vivo pela TV Brasil (sinal aberto).

Mais tradicional competição esportiva do planeta, as Paralimpíadas acontecerão até 5 de setembro. O Brasil terá as primeiras disputas já nesta terça, com o goalball e a natação.

Sendo assim, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou uma série de curiosidades sobre a delegação, que é a maior em uma missão fora do Brasil.

O objetivo do CPB para Tóquio 2020 é que o Brasil esteja no top 10 no quadro geral de medalhas, uma vez que na Rio 2016 ficou em 8º lugar.

Jogos Paralímpicos de Tóquio – presença brasileira

Tamanho da delegação do Brasil

A delegação brasileira será composta por 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro).

Por gênero, são 163 competidores nos torneios masculinos e 96 nos femininos. Estes vêm de 22 Estados e do Distrito Federal.

Esta é a maior delegação nacional em Paralímpiadas fora do País na história. Até então, a maior tinha sido em Londres, com 178 atletas.

Já a maior no geral foi a dos Jogos do Rio de Janeiro, e 2016, que contou com 286 brasileiros competidores.

Há cinco anos, o Brasil terminou no 8º lugar no quadro de medalhas com, 72 medalhas (14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes).

Modalidades

Sendo a maior delegação na história dos Jogos fora do País, o Brasil estará representado em 22 das 20 modalidades.

As exceções são o basquete em cadeira de rodas e o rúgbi em cadeira de rodas. Confira todas as modalidades:

• Atletismo
• Basquete em cadeira de rodas
• Bocha
• Canoagem
• Ciclismo
• Esgrima em cadeira de rodas
• Futebol de 5
• Goalball
• Halterofilismo
• Hipismo
• Judô
• Natação
• Parabadminton (estreante)
• Parataekwondo (estreante)
• Remo
• Rúgbi em cadeira de rodas
• Tênis de mesa
• Tênis em cadeira de rodas
• Tiro com arco
• Tiro esportivo
• Triatlo
• Vôlei sentado

Atletismo é o mais representativo

Do total da delegação dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil terá mais representatividade no atletismo. São 65 atletas mais 19 atletas-guia.

Assim, a modalidade também traz uma grande esperança de medalhas para o País.

Na última edição do Mundial da modalidade, em Dubai 2019, o Brasil alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás somente da China.

Número de medalhas do Brasil em Jogos Paralímpicos

Em toda a história, o Brasil acumula 301 medalhas em Jogos Paralímpicos: 87 de ouro, 112 de prata e 102 de bronze.

Isso coloca o País na 19ª posição de nações que mais medalharam.

Maior medalhista do Brasil em Paralimpíadas

Maior referência atual da natação brasileira paralímpica, Daniel Dias (classe S5) é o atleta com mais pódios na história do Brasil.

Ele tem ao todo 24 medalhas em apenas três edições dos Jogos, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze.

Os porta-bandeiras do Brasil

Os medalhistas paralímpicos Petrúcio Ferreira, do atletismo, e Evelyn Oliveira, da bocha, serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

Também participarão do desfile pela delegação brasileira a técnica da classe BC4 da bocha e staff da atleta Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico CPB, Alberto Martins.

Estreantes em Jogos Olímpicos

Segundo o CPB, 87 atletas convocados para representar o Brasil são estreantes em Jogos Paralímpicos. Destes, 47 são homens e, 40, mulheres.

Os mais jovens

Na convocação para Tóquio, 39 participantes que irão competir no Japão terão menos de 23 anos na competição, cerca de 17% do total da equipe nacional paralímpica.

Entre eles, está o nadador mineiro João Pedro Brutos, de Uberlândia, que será o atleta mais novo a compor a delegação brasileira paralímpica nos Jogos.

Nascido em 3 de junho de 2004, o jovem da classe S14 tem apenas 17 anos e dois meses.

Deficiências

De acordo com o CPB, a deficiência mais presente na delegação do Brasil para os Jogos Olímpicos de Tóquio é a física.

Nesse sentido, a representação é de 72,9% dos atletas. Em seguida, com um quantitativo de 23,2%, estão os atletas com deficiência visual.

Por fim, os atletas com deficiência intelectual somam 3,9%.