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JPMorgan compra ativos do First Republic Bank após falência nos EUA

A compra do First Republic Bank pelo JPMorgan foi feita em acordo liderado pelo governo americano, que havia decretado a falência do banco

First Republic Bank

O JPMorgan fará um pagamento de US$ 10,6 bilhões e estima que incorrerá em US$ 2 bilhões em custos de reestruturação nos próximos 18 meses | Foto: Getty Images

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), equivalente nos Estados Unidos ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no Brasil, aceitou a oferta do banco norte-americano JPMorgan Chase para comprar o First Republic Bank, que foi fechado nesta segunda-feira, 1º de maio, pelo Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia.

Segundo a FDIC, o órgão está firmando um contrato de compra com o JPMorgan Chase Bank para assumir todos os depósitos e substancialmente todos os ativos do First Republic. No último 13 de abril, o First Republic Bank tinha aproximadamente US$ 229,1 bilhões em ativos totais e US$ 103,9 bilhões em depósitos totais.

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“A FDIC estima que o custo para o Fundo de Seguro de Depósito será de cerca de US$ 13 bilhões. Esta é uma estimativa e o custo final será determinado quando o FDIC encerrar a administração judicial”, indicou o órgão regulador norte-americano. Como parte da transação, os 84 escritórios do First Republic Bank em oito Estados serão reabertos como agências do JPMorgan Chase Bank.

Todos os depositantes do First Republic Bank se tornarão depositantes do JPMorgan Chase Bank e terão acesso total a todos os seus depósitos.

A compra do First Republic Bank foi feita em acordo liderado pelo governo americano, que havia decretado a falência do banco. Com sede em San Francisco e especializado no segmento de “private banking”, o First Republic vinha enfrentando problemas graves desde março, com o início da turbulência que se abateu sobre o setor bancário nos Estados Unidos.

O First Republic foi a quarta instituição regional a entrar em colapso desde o início de março – depois do Silicon Valley Bank, Signature Bank e Silvergate Bank. “Isso agora está chegando ao fim, e espero que ajude na estabilização”, disse o presidente executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, em teleconferência com jornalistas. Bancos regionais que reportaram os resultados do primeiro trimestre nas últimas semanas “realmente apresentaram alguns resultados muito bons”, disse. “O sistema bancário americano é extraordinariamente sólido.”

No entanto, os empréstimos bancários provavelmente sofrerão por um tempo após as quebras, disse o executivo.

No negócio, o banco de Dimon ficou com cerca de US$ 173 bilhões em empréstimos do First Republic, US$ 30 bilhões em títulos e US$ 92 bilhões em depósitos. O JPMorgan e o FDIC, órgão regulador do sistema financeiro dos EUA, concordaram em dividir o ônus das perdas, bem como quaisquer recuperações, nos empréstimos unifamiliares e comerciais da empresa, informou a agência, em um comunicado.

O JPMorgan, com sede em Nova York, foi a instituição que fez a melhor oferta para tirar todo o banco das mãos do FDIC sem grandes perdas para a agência, de acordo com duas pessoas familiarizadas com a decisão. Isso foi mais atraente para a agência do que as propostas concorrentes, que propunham a dissolução do First Republic ou exigiriam arranjos financeiros complexos para financiar seus US$ 100 bilhões em hipotecas, disseram as fontes.

JP Morgan pagará US$ 10,6 bilhões pelo First Republic e custo de reestruturação será de US$ 2 bilhões

O banco fará um pagamento de US$ 10,6 bilhões ao FDIC e estima que incorrerá em US$ 2 bilhões em custos de reestruturação relacionados nos próximos 18 meses. Os US$ 92 bilhões em depósitos incluem os US$ 30 bilhões que o JPMorgan e outras grandes instituições americanas já havia aportado no First Republic numa tentativa anterior de estabilizar as finanças do banco. O JPMorgan prometeu que esses US$ 30 bilhões seriam reembolsados.

O FDIC e o JPMorgan compartilharão tanto as perdas quanto as possíveis recuperações dos empréstimos, com a agência observando que deve “maximizar as recuperações dos ativos, mantendo-os no setor privado”. O FDIC estimou que o custo para o fundo de seguro de depósito será de cerca de US$ 13 bilhões. (AE)

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