Juro mais alto por mais tempo favorece ação do BB

Banco Safra analisa o impacto dos juros altos no setor bancário e destaca a ação do Itaú como a mais recomendada para quem investe no setor bancário

06/06/2024 Redação

Ação do Bradesco é a mais prejudicada e a do BB é a mais favorecida pelas taxas de juros mais altas por mais tempo | Foto: Getty Images

O Banco Safra atualizou os modelos para incorporar uma perspectiva de taxas de juros mais altas por mais tempo para os bancos de grande capitalização sob sua cobertura. O principal vencedor é o Banco do Brasil; o principal perdedor, o Bradesco.

Na avaliação do safra, o cenário beneficia claramente o BB. A margem dos depósitos tem uma contribuição importante para a receita líquida de juros (NII) do banco, especialmente os depósitos judiciais, que atualmente custam ~80% do CDI, permitindo ao BB obter melhores spreads em seus resultados de tesouraria. O NII é a diferença entre o que os bancos ganham com os empréstimos e o que pagam aos depositantes.

A margem líquida de juros (Net Interest Margin-NIM) do Bradesco decepcionou no primeiro trimestre, em grande parte devido ao processo de redução de risco pelo qual o banco passou.

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As ações reagiram negativamente, e os investidores questionam quanto tempo levaria para ver um ponto de inflexão, já que a originação de crédito não garantido parece arriscada em uma perspectiva de alta por longo prazo, especialmente empréstimos para Pequenas e Médias empresas (PMEs).

Ação do Banco Itaú é a preferida no cenário de juros altos por mais tempo

Por estes motivos, o Safra reduziu as estimativas de lucro líquido para 2024 e 2025 em -4%, agora em R$17,7 bilhões (10,9% ROE) e R$21,8 bilhões (12,7% ROE), respectivamente.

Além disso, o Safra não observa nenhuma mudança importante no lucro por ação (LPA) do Itaú Unibanco e do Santander Brasil. Contudo, combinando a consistência de resultados e o valuation atrativo, o Safra mantém o Itaú como ação preferida no setor bancário.

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