close

Juros disparam com risco fiscal da proposta para conter inflação dos combustíveis

Proposta do governo pode ajudar a segurar o IPCA, mas compensação para os Estados e a renúncia fiscal deve custar R$ 40 bilhões

Juros

O governo propôs cortar impostos federais (PIS/Confins e Cide) sobre a gasolina em troca da aprovação do PLP 18, que coloca teto de 17% sobre o ICMS dos combustíveis | Foto: Getty Images

A curva de juros chegou a abrir quase 20 pontos na ponta longa logo após a abertura desta terça-feira, 7, em reação à proposta do governo para conter os preços dos combustíveis diante do risco fiscal.

As taxas médias e longas estavam máximas logo depois das 9h. Já os juros curtos rondam a estabilidade, refletindo a perspectiva de alívio pelo lado da inflação e em meio à queda do petróleo.

Saiba mais

O governo propôs cortar impostos federais (PIS/Confins e Cide) sobre a gasolina em troca da aprovação do PLP 18, que coloca teto de 17% sobre o ICMS dos combustíveis. A União ainda faria um ressarcimento aos Estados pelo fim da cobrança de ICMS sobre diesel e gás de cozinha por meio de uma PEC.

Temor fiscal abala juros futuros

O economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, calcula que a medida tem o potencial de retirar até 0,65 ponto porcentual do IPCA de 2022. Mas do lado fiscal, técnicos calculam que a compensação para os Estados e a renúncia fiscal deve custar pelo menos R$ 40 bilhões ao governo federal.

 Às 9h10 desta terça, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia a 12,48%, de 12,39% no ajuste de segunda-feira, 6. O DI para janeiro de 2025 ia para 12,56%, de 12,47%, e o para janeiro de 2024 subia para 13,11%, de 13,07% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 recuava para 13,420%, de 13,452%. (AE)

Abra sua conta

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra