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Justiça inglesa julgará ação de vítimas de Mariana contra sócia da Samarco

Cerca de 200 mil vítimas, 25 governos municipais, seis autarquias, 532 empresas e 14 instituições religiosas pedem indenizações pelo rompimento da barragem do Fundão, em 2015

Distrito de Paracatu de Baixo destruído pela lama da barragem do Fundão, da Samarco, em

Desastre de Mariana (MG), que aconteceu em 5 de novembro de 2015, matou 19 pessoas e causou um desastre ambiental | Foto: Getty Images

A Justiça da Inglaterra aceitou nesta sexta-feira, 8, julgar a ação movida pelas vítimas do desastre de Mariana (MG), que aconteceu em 5 de novembro de 2015, contra a BHP Biliton, grupo anglo-australiano sócio da Vale na Samarco, a mineradora responsável pela tragédia.

Cerca de 200 mil vítimas, dentre elas integrantes da comunidade indígena Krenak, 25 governos municipais, seis autarquias, 531 empresas e 14 instituições religiosas, pedem indenizações pelo rompimento da barragem do Fundão.

Advogados e representantes das vítimas da tragédia de Mariana (MG), em Londres, na Inglaterra | Foto: PGMBM/Divulgação
Advogados e representantes das vítimas da tragédia de Mariana (MG), em Londres, na Inglaterra | Foto: PGMBM/Divulgação

Conforme noticiado na imprensa, os valores a serem pagos pela BHP podem chegar a bilhões de libras, de acordo com o escritório de advocacia internacional PGMBM, que representa as vítimas.

Agora, a ação segue para a fase de mérito, na qual será determinada a responsabilidade da BHP sobre os danos causados.

Em primeira instância, o juiz da corte de justiça civil de Manchester considerou que seria um abuso de jurisdição julgar a BHP ao mesmo tempo que processos ocorrem no Brasil. Porém, os advogados argumentaram que não há justiça suficiente sendo feita no Brasil e, por isso, recorreram.

Sendo assim, o Tribunal de Apelação de Londres decidiu reabrir o caso em julho do ano passado, renovando as esperanças das vitimas.

Saiba mais

Em uma primeira decisão, a Corte de Apelação manteve a decisão de primeira instância, mas os advogados fizeram uma segunda apelação, cuja decisão favorável foi publicada nessa sexta-feira.

O processo envolvendo o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, é a maior ação coletiva relacionada a um desastre ambiental nos tribunais ingleses.

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