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Rodovias Integradas do Paraná: leilão prevê investimento de R$ 9,8 bi

O vencedor do leilão programado para esta quinta-feira, 12, será o licitante que oferecer o maior desconto nas tarifas de pedágio das Rodovias Integradas do Paraná

Rodovia

Leilão prevê investimentos em melhorias nas rodovias privatizadas | Foto: Getty Images

O leilão das Rodovias Integradas do Paraná (Lote 3) está programado para esta quinta-feira, dia 12 de dezembro. A entrega dos envelopes no dia 9 de dezembro contou com a presença da EPR, Pátria, CCR e o consórcio 4UM e Opportunity.

Com uma extensão de 570km e um volume diário médio de 158k veículos, esta rodovia de pedágio abrange trechos que ligam Mauá da Serra a Londrina e Sertanópolis, além do Paraná aos estados de Santa Catarina e São Paulo.

O projeto inclui a ampliação de 132,6 km de rodovias, a adição de 24,6 km de faixas e a construção de 61,7 km de estradas marginais, entre outras intervenções.

A concessão tem um prazo total de 30 anos e uma estimativa de TIR do projeto (real e não alavancada) de 10,64%.

Em poucas palavras, o projeto prevê investimentos de R$ 9,8 bilhões (64% sendo executado do ano 1 ao ano 7) e despesas operacionais de R$ 6,1 bilhões. O vencedor do leilão será o licitante que oferecer o maior desconto nas tarifas.

O Banco Safra ressalta que:

  • (i) o projeto possui um mecanismo para promover a expansão da capacidade, estabelecendo tarifas diferenciadas para rodovias de pista única e dupla;
  • (ii) o licitante vencedor deve considerar a obrigação de depositar fundos adicionais em uma conta restrita; e
  • (iii) o risco de queda da demanda é totalmente protegido pela autoridade adjudicadora através do mecanismo de partilha de receitas.

Com base nas estimativas do governo, o Safra prevê que o Lote 3 irá gerar um valor atual líquido (VNA) de R$767 milhões, com uma
TIR alavancada real de 18,1%.

Os especialistas do Safra calculam o valor presente líquido (VPL) do projeto assumindo:

  • (i) custo de dívida do IPCA+7%;
  • (ii) emissão de dívida para financiar 80% dos capex durante o ciclo de investimento do projeto; e
  • (iii) custo de capital próprio de 10,44% em termos reais.

O Safra realizou uma análise de sensibilidade para simular os impactos potenciais das mudanças em nas hipóteses e seus efeitos sobre o NPV (fluxo de caixa) e TIR (taxa interna de retorno) projetados.

Na avaliação do safra, assumindo o VPL estimado em R$ 767 milhões, o lote 3 representaria 3,5% da capitalização de mercado da CCR (CCRO3), ou R$ 0,40/ação. Com base nestas estimativas, o projeto seria gerador de valor para a CCR assumindo um desconto tarifário máximo de 15,1%, que suportaria uma TIR (real e alavancada) de 10,4%, semelhante à taxa de desconto calculada pelo Safra para a CCR.

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