Livraria Cultura lança no Brasil o livro por assinatura

A Livraria Cultura já foi responsável, junto com a Saraiva, por 40% dos livros vendidos no Brasil.

A expansão da Amazon no mercado brasileiro fez tremer o chão do negócio nacional do livro.

O agravamento da pandemia e o fim dos subsídios do governo para o livro colocaram a existência das livrarias em xeque.

Em recuperação judicial desde 2018, a Livraria Cultura aposta agora em um modelo testado com sucesso pelas produtoras de filmes, os planos de assinatura mensais pelo acesso a conteúdos culturais.

Leve para casa quantos livros quiser

A partir dos próximos dias, por R$ 14,90 por mês, o leitor poderá emprestar quantos livros quiser, contanto que sejam devolvidos em 30 dias.

Pelo plano +Cultura Pass, o primeiro mês tem um valor menor, de R$ 9,90. O plano anual sai por R$ 147,73.

Quase todo o catálogo da empresa poderá ser emprestado pelos assinantes.

Lançamentos ficarão disponíveis depois de 30 dias da chegada às lojas. Livros raros, revistas, livros com brinquedos e didáticos não entram nos planos de assinatura.

Para onde vão os livros devolvidos?

Depois de devolvidos pelos leitores, os livros voltam às prateleiras físicas e virtuais da empresa como artigo usado e, por isso, por preços reduzidos.

Se não forem vendidos, os volumes continuam disponíveis para empréstimos. Quem não fizer a devolução, fica com o exemplar por um desconto de 20% do preço de capa.

Modelo retoma origem da livraria

A Livraria Cultura nasceu do empreendimento de Eva Herz, alemã que migrou para São Paulo em 1939 trazendo consigo sua biblioteca.

A leva de imigrantes refugiados da Alemanha nazistas não era pequena e eles não tinham o que ler em seu idioma nas livrarias paulistas.

Para atender a demanda, Eva criou, em 1947, uma biblioteca circulante em que seus compatriotas podiam alugar livros em seu idioma de origem, lê-los e devolvê-los. Três anos depois, nasceria a Livraria Cultura.