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Mais de 60 cidades paulistas cancelam o carnaval de 2022

São Paulo articula comitê com outras capitais para acertar o calendário a partir dos dados epidemiológicos; Rio de Janeiro defende festa sem restrições

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Prefeitura carioca defende carnaval sem distanciamento e outras restrições adotadas no combate à covid | Foto: Getty Images

Mais de 60 cidades de São Paulo cancelaram o carnaval de 2022. Na noite desta terça-feira, 23, a prefeitura de São Luíz do Paraitinga, endereço de uma das mais importantes festas carnavalescas do país, anunciou que se junta ao grupo de municípios que não vão realizar a comemoração.

O carnaval de rua na capital paulista aguarda parecer dos órgãos de Saúde, que avaliam o cenário de transmissão da covid-19. A prefeitura de São Paulo recebeu até agora 867 inscrições de desfiles de blocos de rua.

As festividades estão previstas para ocorrer entre 19 de fevereiro e 6 de março.

A média móvel de mortes contabilizou 72 óbitos nesta terça-feira no estado, patamar 15% maior do que o registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de estabilidade.

Outra justificativa das prefeituras para o cancelamento do evento é a situação econômica dos municípios, que afirmam não ter orçamento para a realização da festa.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, articula um comitê entre as capitais em que acontecem as principais festas de carnaval no país para alinhar as decisões sobre o evento a fim de minimizar os prejuízos com o cancelamento da festa.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, porém, não cogita o adiamento ou a não realização do evento. Na mais recente declaração sobre o carnaval, Paes diz que não pretende nem sequer impor às festas restrições como distanciamento e uso de máscaras.

Além do carnaval, comitê de Belo Horizonte desaconselha realização de festas de fim de ano

O Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Belo Horizonte divulgou, também na terça-feira, 23,  nota técnica desaconselhando a realização não só do carnaval, mas também das festas de final de ano de 2021.

De acordo com os especialistas, a cobertura vacinal estaria abaixo do desejado e não seria suficiente para evitar o aparecimento de novas cepas do coronavírus.

Além disso, uma parcela significativa da população ainda não recebeu a dose de reforço, e não haveria tempo hábil para realizar a aplicação ao público elegível até as festividades.

São Paulo e Rio de Janeiro devem realizar as festividades de final de ano.

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