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Março azul-marinho alerta sobre prevenção ao câncer

Mês é dedicado a campanhas de prevenção e combate ao câncer colorretal, que teve aumento de incidência durante a pandemia

A oncologista Ignez Braghiroli, que chama a atenção para a importância da colonoscopia na preveção do câncer colorretal

De acordo com a oncologista Ignez Braghiroli, da SBOC, a incidência do câncer aumentou com a diminuição do exame diagnóstico | Foto: Divulgação

O segundo tipo de câncer mais comum no Brasil, para mulheres e homens, é o colorretal, popularmente chamado de câncer de intestino.  O mês de março é identificado pela cor azul marinho nas campanhas de conscientização sobre a importância da prevenção à doença.

A incidência do mal na população brasileira só perde para o câncer de mama e de próstata. Apesar das medidas simples de prevenção, o crescimento de número de casos acelerou no primeiro ano de pandemia.

De cerca de 35 mil casos anuais, o País passou a registrar 41 mil novos diagnósticos no último ano, conta Ignez Braghiroli, médica oncologista do Instituto do Câncer de São Paulo e diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

A razão mais simples detectada pela entidade foi a diminuição da realização do exame de diagnóstico, a colonoscopia, que tem a capacidade de detectar os sinais do câncer antes mesmo do seu desenvolvimento.

Diagnóstico precoce

“O diagnóstico precoce é especialmente eficaz para evitar o desenvolvimento do câncer colorretal’, diz a oncologista. Ela explica que o tratamento se torna mais eficaz quanto antes se tiver o diagnóstico.

“Mas o exame implica em deslocamento do paciente , algo que o medo do contágio pela Covid-19 parece ter inibido”, lamenta a médica. “É preciso lembrar que os protocolos de segurança fazem parte de todo procedimento clínico e hospitalar.”

A colonoscopia é exame simples, realizado em clínica ou hospital com o paciente sedado, por meio de um tubo flexível equipado com microcâmera e duas fontes de luz para a visualização do intestino.

O procedimento é importante, sobretudo porque os primeiros sintomas da doença na maioria dos casos são discretos. Há poucos casos de dor e nem sempre o aparecimento de sangue nas fezes é detectável.

A prevenção, segundo a médica, garante uma média de 90% de garantia de cura em casos comuns e 80% para situações de síndrome hereditária da doença.

Outras recomendações para evitar o câncer

  • Priorizar alimentos in natura em detrimento aos processados
  • Praticar atividades físicas
  • Evitar ou combater a obesidade
  • Reduzir o consumo de álcool

Periodicidade do exame

A partir dos 50 anos, a ocologista recomenda manter rotina de colonoscopia sugerida por seu médico.

Nos casos de síndrome hereditária (existência de casos em parentes de primeiro grau) o intervalo deve ser de um ano.

Alguns países recomendam a rotina de exames a partir dos 45 anos, tanto para homens como para mulheres.

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