Maria Bethânia é a nova imortal da Academia de Letras da Bahia
Bethânia foi eleita para a Academia por ser defensora das letras e divulgar as obras de Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e outros
13/10/2021A cantora baiana Maria Bethânia foi eleita a mais nova imortal da Academia de Letras da Bahia (ALB). Bethânia vai ocupar a Cadeira 18, que era do historiador, ensaísta e professor Waldir Freitas Oliveira, que morreu no dia 17 de junho deste anos, aos 92 anos.
A cantora será a 5ª titular da cadeira que tem como patrono o advogado Zacarias de Góes e Vasconcelos. Com mais de 26 milhões de discos vendidos ao longo de mais de 50 anos de carreira, Bethânia foi eleita em 2012, pela revista Rolling Stone Brasil, como a quinta maior voz da música brasileira.
A Academia de Letras justificou a eleição de Bethânia, que não tem produção literária de destaque, com o fato da cantora ser “uma defensora das letras”, e “divulgar em seus espetáculos as obras de nomes como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Sophia de Mello Breyner Andresen, Guimarães Rosa entre outros.”
Bethânia divulga as letras e autores em seus espetáculos
A Academia de Letras da Bahia destacou que Bethânia “escreveu e divulgou textos de sua própria autoria, tendo pontuais incursões na composição”. Ela foi a primeira mulher a vender mais de 1 milhão de discos no Brasil.
Nos registros literários, Bethânia aparece como autora de poucas obras, entre elas, Omara & Bethânia – Cuba & Bahia, livro que acompanhou o DVD de mesmo nome, que registrou o encontro da baiana com a cantora cubana Omara Portuondo.
Entre as composições de Bethânia estão canções como Trampolim, Luz da Noite, Pássaro Proibido e Caras e Bocas, todas em parceria com o irmão Caetano Veloso. Além de Carta de Amor, com Paulo César Pinheiro e outras duas composições com Rosinha de Valença, Cana Caiana e Reino Antigo.
Nascida em Santo Amaro da Purificação, Maria Bethânia Teles Veloso tem 75 anos e tem mais de 55 anos de carreira na música.