close

Por que Marta está sem patrocínio nas Olimpíadas

Camisa 10 da seleção brasileira de futebol repete gesto da Copa do Mundo de 2019 e entra em campo sem patrocínio nas chuteiras

Jogadora de futebol Marta, com a camisa da seleção brasileira e patrocínio coberto

Durante a sessão e fotos oficiais para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Marta cobriu a marca do patrocinador do Brasil com o cabelo | Foto: Divulgação/CBF

Após fazer história ao estrear marcando dois gols nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a camisa 10 da seleção feminina Marta continua a liderar também fora de campo.

A Rainha do Futebol está jogando as Olimpíadas sem patrocinador esportivo próprio.

Na sessão de fotos oficiais da equipe brasileira para os Jogos no Japão, ela cobriu a marca da patrocinadora da seleção na camisa com o cabelo.

Esta é a segunda vez que a atleta disputa uma competição internacional sem o patrocínio de chuteiras e outros equipamentos.

Em 2019, durante a Copa do Mundo da França, Marta usou uma chuteira preta com detalhes em azul e rosa nas laterais (veja abaixo).

Marta comemora gol na partida contra a China, durante a estreia das Olimpíadas de Tóquio | Foto: Sam Robles/CBF
Marta comemora gol na partida contra a China, durante a estreia das Olimpíadas de Tóquio | Foto: Sam Robles/CBF

Os espaços são reservados, geralmente, às marcas esportivas que produzem o equipamento.

Nesse sentido, o mesmo par de chuteiras sem marca está sendo usado pela craque em Tóquio e brilhará pela terceira vez nos gramados nesta terça-feira, 27, em jogo contra a Zâmbia, às 8h30 (horário de Brasília).

Marta na luta pela igualdade

A explicação dos detalhes coloridos nas chuteiras de Marta está no movimento que ela apoia.

O “Go Equal” é uma iniciativa que defende a igualdade de gênero no esporte. E quando se olha para o futebol, a diferença é abissal.

Embora venha crescendo exponencialmente ano a ano, a premiação concedida pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) aos participantes da Copa do Mundo feminina é substancialmente inferior à edição masculina.

Para 2022, a Fifa promete distribuir US$ 440 milhões (R$ 2,3 bilhões) em premiações aos homens. Às mulheres, é prometida a cifra de US$ 60 milhões (R$ 315 milhões). Os dados constam em pesquisa da consultoria KPMG.

No caso de Marta, a questão é a disparidade de valores oferecidos pelas empresas para patrocinar a craque e jogadores do futebol masculino.

Desde 2018, a craque joga sem empresas esportivas a patrocinando. As recusas se justificam por ela julgar que nenhuma apresentou uma proposta justa.

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra