Médico leiloa genoma sequenciado em NTF para divulgar blockchain

O geneticista Dr. George Church provocou polêmica ao anunciar que está vendendo em leilão na internet o seu próprio genoma sequenciado. Ele foi uma das primeiras pessoas a ter o genoma sequenciado e agora decidiu oferecer o resultado do exame na internet para o lance mais alto em dinheiro.

A decisão do Dr. George de compartilhar suas informações genéticas está causando polêmica na comunidade científica, informa o site Medscape de difusão de informações médicas e científicas.

Esta não é a primeira vez que ele vira notícia. Cofundador da Nebula Genomics, o médico e professor foi uma das primeiras pessoas a postar os seus três bilhões de pares de bases de DNA on-line como parte do Personal Genome Project. Seu DNA já foi usado em inúmeros estudos e agora o cientista colocou toda a sua sequência genômica à venda.

Médico quer divulgar blockchain

O objetivo do Dr. George é destacar como a tecnologia de blockchain pode ajudar as pessoas a entenderem o valor do próprio DNA, explicou o cofundador e diretor-executivo da Nebula, Kamal Obbad.

A transação ocorrerá usando um tipo de tecnologia blockchain chamado token infungível (NFT, do inglês Non-Fungible Token), que é um token digital singular para um item sui generis e vale como comprovação de propriedade. Os NTFs estão ganhando força no mundo online como instrumento de venda de arquivos digitais especialmente no mundo das artes.

O token infungível para o genoma do Dr. George será a localização digital do seu genoma completo junto com a arte digital de alta resolução que representa a imagem do seu DNA.

Primeiro token infungível para um genoma

Embora a arte não tenha sido ainda finalizada por um artista da Nebula, outras criações da equipe mostram artes modernas e minimalistas inspiradas pelo DNA de pessoas. Os compradores serão muito provavelmente colecionadores que procuram ter a sua fatia de história, disse Kamal.

A pesquisa genômica é projetada para criar ferramentas para prever melhor as doenças e tratá-las de acordo com a composição genética do paciente.

Este será o primeiro token infungível para um genoma, segundo Kamal, e representa um estudo de caso de como pode ser o futuro do compartilhamento de dados genômicos.