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Relatório aponta ações de destaque para o trimestre

Banco Safra aponta Itaú Unibanco como melhor ação no setor bancário e mantém visão positiva para os papéis de Eletrobras, Copel, Equatorial e Sabesp

relatório

O Safra compartilhou no relatório sobre os bancos os feedbacks coletados das reuniões durante a Conferência J. Safra Brasil 2024 | Foto: Getty Images

Após revisão de estimativas e rolagem dos preços-alvos, o Banco Safra manteve a classificação da ação do Itaú Unibanco como principal escolha no setor bancário. O papel do Itaú Unibanco tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 45 por ação.

O motivo da escolha considera a maior resiliência da ação do Itaú em meio a ciclos monetários mais apertados, após a recente alta da taxa Selic, além de sua capacidade de inovar e aumentar a rentabilidade.

O Banco Safra também manteve o Bradesco com recomendação de Compra, com preço-alvo de R$18/ação, pois ainda vê assimetria positiva com o banco negociando em torno de 1,0x P/VP, reconhecendo os recentes desenvolvimentos e esforços de modernização da nova gerência, que impulsiona e ajuda no processo de recuperação do ROE.

O Safra manteve as recomendações neutras para Banco do Brasil (Neutro; Preço Alvo de R$32/ação) e no Santander Brasil (Neutro;
Preço Alvo de R$34/ação), pois ainda não vê potencial suficiente para uma mudança de recomendação.

Saiba mais

J. Safra Brazil Conference

O Safra compartilhou no relatório sobre os bancos os feedbacks coletados das reuniões durante a Conferência J. Safra Brasil 2024, realizada nos dias 24 e 25 de setembro. Na ocasião, foram debatidos os principais temas do setor em diferentes painéis, bem como em encontros entre investidores e empresas. Entre vários temas importantes, o relatório do Banco Safra destaca:

  • (i) Preços, hidrologia, curtailment. Muitos investidores exploraram o cenário atual para os preços, expedição térmica e os potenciais impactos da redução. As empresas confirmaram a tendência positiva para novos contratos, em decorrência da pior hidrologia e da expectativa de preços mais elevados. No geral, o cenário atual aponta para um maior despacho térmico. Em relação ao corte, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já possui um novo procedimento que está reduzindo os impactos individuais sobre as empresas, provavelmente aliviando a pressão vista no 3T24.
  • (ii) Atualizações regulatórias sobre distribuidoras. Muitos investidores perguntaram sobre o processo de renovação da concessão de distribuição e as notícias recentes de que o governo federal poderia anunciar mudanças nas regras do setor. Em nossa opinião, haverá apenas pequenas mudanças no quadro regulatório e nas condições de renovação da concessão em comparação com os acordos atuais. Quanto à nova legislação que poderia reduzir as tarifas, acreditamos que ela poderia envolver iniciativas para reduzir os impactos de encargos regulatórios, impostos e outros itens da Parcela A, com um impacto neutro na avaliação dos distribuidores.
  • (iii) Oportunidades de crescimento. Na avaliação do Safra, a maioria dos players continua a explorar alternativas de crescimento em diferentes segmentos. A maioria dos players de geração que participaram da J. Safra Brazil Conference esperam participar do próximo leilão de capacidade de reserva de energia, que provavelmente ocorrerá no 1T25. No caso do segmento de transmissão, as empresas devem participar nos próximos leilões, mas a concorrência deve permanecer feroz e, como tal, os retornos podem permanecer apertados. Como resultado, algumas empresas estão procurando oportunidades na América Latina e focando em investimento de reforço. Acreditamos também que há um apetite por M&As no segmento de Gás, incluindo na distribuição de gás, comercialização de gás e produção de gás renovável. Quanto ao segmento de Saneamento, o Safra acredita que haverá boa demanda para as próximas privatizações.
  • (iv) Destaques operacionais do trimestre. O terceiro trimestre e 2024 deve ser misto, com potencial bom momentum para os volumes no segmento de distribuição (em vista das altas temperaturas, embora o 3T23 tenha bases comparativas difíceis) e para geradoras com energia não contratada, como resultado dos preços mais altos da energia. Os eventos de redução devem impactar negativamente as empresas expostas às energias renováveis. Os investidores parecem preocupados com os impactos do tempo seco nas empresas (devido à hidrologia para o segmento de água, taxa de perdas, impactos GSF, entre outros motivos), mas o Safra espera impactos limitados no terceiro trimestre.

Avaliação do Banco Safra

Perspectivas positivas para o setor. O relatório do Safra destaca uma visão positiva dos principais temas importantes debatidos na J. Safra Brazil Conference.

O banco espera um terceiro trimestre com resultados mistos como volumes sólidos (temperaturas mais altas) ajude as distribuidoras, e uma alta nos preços dos contratos de energia deve ajudar as geradoras, mas um aumento nos eventos de redução deverá ter um impacto negativo
nas energias renováveis.

O Safra também considera que o tempo seco deve ter um impacto limitado no terceiro trimestre. O Safra mantém uma visão positiva da Eletrobras, Copel, Equatorial e Sabesp, que oferecem bons níveis de TIR e devem entregar melhorias operacionais no curto prazo.

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