Mercedes-Benz vai produzir ônibus elétrico no Brasil

A Mercedes-Benz revelou que está desenvolvendo chassis elétricos de ônibus para circulação em centros urbanos do País.

Além do Brasil, serão atendidos mercados vizinhos do continente para onde a montadora pretende exportar a tecnologia.

O projeto foi apresentado como o primeiro passo da montadora rumo à eletromobilidade.

Sendo assim, o anúncio é resultado de investimentos de R$ 100 milhões, que fazem parte do ciclo de R$ 2,4 bilhões da marca no País entre 2018 e 2022.

A condução é feita por equipes da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde o veículo será produzido.

Nesse sentido, há o apoio de engenheiros da Daimler, dona da marca, na Alemanha, onde os protótipos já estão sendo testados.

Também no velho continente a marca já conta comercializa o modelo elétrico eCitaro. (vídeo no canto superior à direita).

O plano da Mercedes-Benz é iniciar as vendas de ônibus elétricos no ano que vem.

Recentemente, a Volkswagen passou a investir e produzir caminhões elétricos no Brasil.

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Ônibus elétricos e infraestrutura

Durante o anúncio, Karl Deppen, presidente da operação brasileira da Mercedes-Benz, sustentou que a velocidade de introdução de novas tecnologias no país depende de investimentos em infraestrutura, como postos de recarga das baterias.

“Para que os benefícios tecnológicos aplicados à mobilidade urbana sejam agregados ao desenvolvimento social e econômico das cidades, é imprescindível que o Brasil e a América Latina também preparem a sua infraestrutura para a operação dos veículos elétricos”, comentou Deppen.

Segundo Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da montadora, a Mercedes preferiu fazer a eletrificação primeiro dos ônibus devido ao fato do veículo coletivo ter menos restrições do que os caminhões.

A explicação é a falta de uma rede de recargas nacional torna inviável o uso da tecnologia em longas distâncias para os caminhões.

A bateria do ônibus elétrico a ser lançado pela Mercedes permite ao veículo rodar 250 quilômetros sem necessidade de recarga.

“A gente optou por começar com chassis de ônibus urbanos por impactar mais pessoas e a sociedade do que o caminhão elétrico, que tem restrições de infraestrutura para operação”, afirmou o executivo.

“Caminhão elétrico vem na hora certa, é outra discussão que vamos ter no futuro”, acrescentou. (Com AE)