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Ampliação do Minha Casa, Minha Vida favorece Cury e Direcional

Faixa 4 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida atenderá famílias com renda de até R$ 12 mil por mês, com financiamento para unidades de até R$ 500 mil

Minha Casa Minha Vida

Instituições financeiras participantes da Faixa 4 precisarão financiar um adicional de R$ 15 bilhões, elevando o total de crédito para R$ 30 bilhões | Foto: Getty Images

O Conselho Curador do FGTS anunciou uma série de medidas para melhorar os parâmetros do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Os especialistas do Banco Safra relacionam como principais destaques os seguintes:

  • (i) ajustes na faixa superior de todas as faixas de renda;
  • (ii) aumento dos tetos de preço em cidades com população inferior a 100 mil pessoas;
  • (iii) aumento do teto de preço para R$350 mil para famílias dentro da Faixa 1 e Faixa 2 (de R$264 mil); e
  • (iv) criação de uma nova faixa de renda dentro do programa para atender famílias de renda média (“Faixa 4”).

Faixa 4 do Minha Casa, Minha vida atende famílias com renda de até R$ 12 mil

A recém-criada Faixa 4 atenderá famílias com renda de até R$ 12 mil/mês, com financiamento disponível para unidades com preço de até R$ 500 mil e taxas de hipoteca de 10% (vs. taxas de mercado de ~TR+12%), uma ligeira melhoria em comparação com os 10,5% esperados anteriormente.

Para financiar essa nova faixa, o Conselho Curador do FGTS realocou R$15 bilhões do orçamento anual da Carta de Crédito Individual (“CCI”) (reduzido de R$46,5 bilhões para R$31,5 bilhões), preservando o orçamento original de R$124 bilhões para habitação.

Notavelmente, a medida não deve aumentar os riscos de escassez de financiamento, pois o governo suplementará o programa com um adicional de R$ 15 bilhões do fundo social via royalties do pré-sal.

Enquanto isso, as instituições financeiras participantes da Faixa 4 precisarão financiar um adicional de R$ 15 bilhões, elevando o total de crédito para R$ 30 bilhões.

Para apoiar essa estrutura, essas instituições se beneficiarão de uma mistura de financiamento mais barata, pois o FGTS financiará o agente operacional a uma taxa mais baixa de 6,5%.

Safra avalia que mudança favorece Cury e Direcional

Os novos incentivos eram muito necessários, chegando quase 2 anos após a última rodada significativa de mudanças no programa. Isso deve proporcionar um impulso significativo para todos os desenvolvedores de projetos voltados para a baixa renda, especialmente considerando os ajustes feitos em todas as três faixas de renda.

No entanto, Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) devem ser os principais beneficiários dos novos incentivos, dada a criação da Faixa 4. Ambas as empresas têm a maior exposição a famílias de renda média, com ~20%–30% de suas vendas ocorrendo fora do programa MCMV—caindo para ~5% com a implementação do teto de preço de R$500 mil.

Enquanto isso, a nova faixa de renda deve abranger 120 mil novas famílias, que devem se beneficiar de um grande aumento na acessibilidade.

O Banco Safra mantém Cury como a principal escolha no setor, pois acredita que a empresa está exclusivamente posicionada para continuar crescendo suas operações sem adicionar pressão de execução.

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