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Pesquisa mostra 13 verdades sobre a mulher no Brasil

Elas são mais instruídas, mas ainda enfrentam dificuldades para ter acesso a cargos de chefia no Brasil, segundo indicadores sociais

Mulheres

Embora mais escolarizadas, as mulheres ainda são minoria entre os professores de nível superior de ensino | Foto: Getty Images

Embora mais instruídas que os homens, as mulheres ainda têm dificuldades de acessar cargos de chefia e gerência no mercado de trabalho.

No Brasil, apenas 37,4% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres, segundo os dados do levantamento Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa tomou por base indicadores de 2019.

Confira 13 verdades sobre a mulher no Brasil:

  • Entre os 20% dos trabalhadores com os maiores salário, as mulheres são apenas 22,3%, enquanto os homens são 77,3%.
  • As mulheres são sub-representadas em cargos gerenciais, onde em geral recebem  77,7% do rendimento dos homens.
  • Entre a população com 25 anos ou mais de idade, 40,4% dos homens não tem instrução ou não concluíram o fundamental. Essa proporção foi menor entre as mulheres, de 37,1%.
  • 19,4% da população feminina com 25 anos ou mais já tem o ensino superior, contra 15,1% entre os homens.
  • A única faixa etária em que homens com ensino superior são maioria é a de 65 anos ou mais, reflexo da dificuldade do acesso feminino a instituições de curso superior no passado.
  • Nos últimos anos do ensino fundamental, a taxa de frequência escolar das mulheres é de 89,3%, enquanto a dos homens cai para 85,8%. No ensino médio, elas tinham taxa de 89,3%, contra 66,7% dos homens. No ensino superior, 29,7% são mulheres contra 21,5% deles.
  • Embora mais escolarizadas, as mulheres ainda são minoria entre os professores de nível superior de ensino. Elas são 46,8% deles.
  • A presença de crianças nos lares brasileiros reduz significativamente a participação da mulher no mercado de trabalho, segundo IBGE. A situação é um indicativo da necessidade de políticas públicas voltadas para a ampliação do número de vagas em creches no País.
  • Entre as mulheres de 25 a 49 anos de idade com crianças com até 3 anos de idade vivendo na mesma casa, apenas 54,6% estavam ocupadas em 2019. Entre as que não viviam com crianças pequenas, 67,2% delas trabalhavam.
  • Apenas 49,7% das mulheres pretas ou pardas com crianças de até três anos de idade em casa estavam trabalhando, enquanto que essa proporção subia a 62,6% entre as mulheres brancas. Se consideradas mulheres sem crianças pequenas em casa, 63,0% nas negras trabalhavam, enquanto essa fatia subia a 72,8% entre as brancas.
  • Entre os homens de 25 a 49 anos com crianças até 3 anos de vida em casa, 89,2% trabalhavam fora de casa. Entre os que não viviam com crianças pequenas, 83,4% trabalhavam.
  • Em 2019, as mulheres dedicaram 21,4 horas semanais aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos, quase o dobro de tempo que os homens, que despendiam apenas 11 horas semanais com esse tipo de trabalho não remunerado.
  • As mulheres pretas ou pardas gastavam 22,0 horas semanais envolvidas com os cuidados de pessoas e os afazeres domésticos, ante 20,7 horas para mulheres brancas.

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