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Mulheres conquistam mais cargos de gestão em 2020

Pesquisa mostra representatividade de 39% em médias empresas. De 2018 a 2020, aumento foi de 10 pontos percentuais

Mulher em cargo de liderança conduzindo reunião

Brasil subiu da oitava para a terceira posição no ranking dos países pesquisados em participação feminina em postos de liderança | Foto: Getty Images

Mesmo em um ano desafiador com a pandemia de covid-19, subiu em 2020 o número de mulheres em cargos de gestão em médias empresas.

No ano passado, elas passaram a representar 39% dos executivos com poder de decisão. A informação está na pesquisa “Women in Business 2021”, realizada anualmente pela consultoria Grant Thornton.

É o segundo ano de crescimento do indicador. Entre 2018 e 2020, o salto foi de dez pontos percentuais. No levantamento referente a 2019, o percentual era de 34%.

Mulheres em cargos de gestão por países

Com esse ganho, o Brasil subiu da oitava para a terceira posição no ranking dos países pesquisados pela consultoria em participação feminina em postos de liderança, como aponta o International Business Report.

Na lista, o país está empatado com a Índia e atrás apenas das Filipinas (48%) e África do Sul (43%).

Liderança por áreas

No Brasil, as mulheres em cargos de gestão são mais numerosas nas áreas de RH (43%) e CFO (43%). Ocupam poucas cadeiras como CIO (28%) ou como diretoras comerciais (25%).

Como CEOs de empresas de médio porte, elas conquistaram mais vagas. Segundo o relatório de 2021, ocupavam 36% desses postos, bem acima da média global que foi de 26%. No estudo de 2020, eram 32%. E no anterior, 27%.

Ausência entre empresas de grande parte

O retrato das mulheres em cargos de gestão, no entanto, é bem diferente quando se observa um grupo pequeno (78 companhias de capital aberto), mas com alta exposição e relevância no mercado de ações brasileiro.

Das 78 empresas que compõem o Ibovespa, nenhuma tinha uma presidente executiva mulher, segundo levantamento feito pelo Broadcast, do Grupo Estado.

De todas essas grandes companhias, apenas três tinham uma conselheira na cadeira de presidente do Conselho de Administração.

Equidade de gênero nos cargos de gestão

A pesquisa da Grant Thornton também mostrou as práticas adotadas para reduzir a disparidade de gênero em níveis mais seniores.

No Brasil, 29% dos entrevistados afirmaram que estabelecem metas ou cotas para o equilíbrio de gênero nos níveis de liderança, mesmo índice da média global e 11 pontos porcentuais acima do registrado em 2020 (18%) no país.

De todos os entrevistados, 25% afirmaram que a recompensa da alta administração é vinculada ao progresso nas metas de equilíbrio de gênero.

“O aumento da participação das mulheres em postos de comando vem ocorrendo de forma voluntária, pois não está atrelado a cotas ou a obrigações legais, como em alguns países. É um fato muito representativo”, diz Élica Martins, sócia da Grant Thornton Brasil.

A pesquisa da Grant Thornton entrevistou 5.000 executivos em 29 países entre outubro e dezembro. No Brasil, foram entrevistados gestores de 250 empresas com faturamento entre R$ 5 milhões e R$ 300 milhões. (AE)

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