Na véspera da volta da Selic a dois dígitos, Bolsa sobe a 113 mil pontos

A Bolsa fechou em alta de 0,97%, aos 113.228,31 pontos, depois de oscilar entre 112.134,88 e 113.302,13 pontos, na véspera da reunião do Conselho de Política Monetária (COPOM) que vai levar a taxa básica de juros de volta aos dois dígitos – pela primeira vez após quase cinco anos.

O volume financeiro somou R$ 27,1 bilhões. O dólar à vista seguiu em queda e fechou em baixa de 0,62%, a R$ 5,2728, depois de oscilar entre R$ 5,2658 e R$ 5,3170.

A taxa básica de juros (Selic) deve ser ajustada pelo Copom em 1,5 ponto porcentual nesta quarta-feira, 2, passando dos atuais 9,25% para 10,75%. A última vez que a Selic esteve em dois dígitos foi maio de 2017 (10,25%).

Braskem figurou entre as maiores altas no pregão, com expectativa de isenção fiscal para indústria química. A BRKM5 ganhou tração no final de sessão, avançando 4,62%, a R$ 51,44.

À espera de balanços e da alta da Selic, Bolsa sobe com petroquímica, Vale e Petrobras

A alta do papel da petroquímica ficou entre as maiores do Ibovespa, e o motivo é a expectativa de isenção parcial ou total dos tributos para a indústria química, que é pleiteada na justiça pelo setor. Também do segmento (e fora do índice), a Unipar (#UNIP6) subiu 5,60%, a R$ 99,16.

As bolsas de NY foram às máximas antes do fechamento: Dow +0,79%; S&P500 +0,66%; Nasdaq +0,58%. O Ibovespa estendeu os ganhos na parte da manhã com apoio de Vale e Petrobras, rondando os 2% na contramão do petróleo.

Com a chegada da temporada de balanços e a elevação da Selic a 10,75%, dada como certa no Copom de amanhã, a bolsa aproveita o fluxo externo no cenário de aperto monetário global.