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Moody’s afirma rating soberano do Brasil em Ba2 com perspectiva estável

Agência de risco destaca mudanças estruturais na política fiscal e monetária, melhora na performance fiscal e as reservas em moeda estrangeira

Porto de Santos

Tesouro Nacional também acumulou saldo de caixa suficiente para cobrir o serviço da dívida pelos próximos 11 meses | Foto: Getty Images

Em sua atualização do rating soberano do Brasil, a agência de classificação de risco Moody’s destacou três fatores positivos para a afirmação do rating nacional em Ba2: as mudanças estruturais feitas na política fiscal e monetária, melhora na performance fiscal e as reservas nacionais em moeda estrangeira. O rating Ba2 configura o país como “non-investment grade” (o Brasil está dois níveis abaixo do chamado grau de investimento).

A agência aponta a resiliência da economia em meio ao choque causado pela pandemia do coronavírus e o avanço nas reformas estruturais do país, o que inclui a independência do Banco Central, a venda de ativos pelo governo e aumento da participação privada nos investimentos em infraestrutura.

Saiba mais

A boa performance fiscal em 2021 amorteceu o impacto do aumento da dívida pública e a consequente elevação do custo da dívida após aumento na taxa de juros. Após maciço gasto público durante 2020 por conta da pandemia, a dívida pública se elevou para 89% do PIB.

Entretanto, após o Brasil registrar superávit primário de 0,75% do PIB em 2021, houve uma redução de 9 p.p. no mesmo ano. Vale mencionar também que o Tesouro Nacional também acumulou saldo de caixa suficiente para cobrir o serviço da dívida pelos próximos 11 meses.

Moody’s destaca volume de reservas do Brasil

Conforme destacado pela agência de risco, o Brasil conta com reservas internacionais consideradas confortáveis, o que é um fator positivo frente as volatilidades do mercado externo. Além disso a dívida pública em moeda estrangeira responde por apenas 5% da dívida pública total, reduzindo a vulnerabilidade ao câmbio.

Quanto à perspectiva considerada estável, a Moody’s leva em conta as reformas no arcabouço fiscal e monetário e que, por serem estruturais, devem ser preservadas, mitigando o risco de que os ajustes no teto de gastos possam comprometer a consolidação fiscal.

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