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Novo ataque de hackers é confirmado por Queiroga

Novos ataques de hackers contra órgãos do governo prejudicam a emissão do passaporte de vacinação

GSI ataque hackers

Gabinete de Segurança Institucional e Ministério da Saúde confirmam novo ataque de hackers | Foto: Getty Images

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República divulgou uma nota informando que ocorreram novos ataques de hackers contra órgãos do governo.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou que o site da pasta sofreu um novo ataque hacker entre o domingo e segunda-feira, 13. “Houve esse outro ataque. Infelizmente somos vítimas dessas figuras que têm, de maneira criminosa, invadido sistemas”, declarou o ministro. “Tentado invadir. Eles não conseguem invadir, mas tumultuam, atrapalham”, completou.

Inicialmente, o ministério havia negado o novo ataque. “São duas coisas diferentes. Aquele primeiro ataque não foi um ataque ao Ministério da Saúde, aquilo foi a nível da Embratel. E felizmente, os dados não foram comprometidos”, disse Queiroga.

A primeira invasão aconteceu na sexta-feira, 10, e tirou do ar informações sobre a vacinação contra a covid-19 de usuários que acessam a plataforma Conecte SUS. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso.

Com os sistemas vulneráveis, o governo federal resolveu adiar em uma semana as restrições para viajantes que chegam de outros países. Originalmente, as medidas começariam a ser aplicadas no último sábado, 11, com a exigência do comprovante de vacinação ou, em caso de não imunizados, o cumprimento de uma quarentena de cinco dias.

Queiroga minimiza efeitos do segundo ataque de hackers

Queiroga minimizou o fato e disse que a pasta trabalha para reverter a situação. “Em relação a esse (novo ataque), foi algo de menor monta e estamos trabalhando para recuperar isso o mais rápido possível”, afirmou.

O Ministério do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também se pronunciou sobre o caso na noite desta segunda. “No dia 10 de dezembro do corrente ano ocorreram ataques cibernéticos contra órgãos do governo em ambiente de nuvem. Os provedores dos serviços de nuvem estão cooperando com a administração pública federal no tratamento do incidente”, informou a pasta comandada por Augusto Heleno, por meio de nota.

Além do Conecte SUS, o ataque também atingiu os sistemas de notificação de casos do novo coronavírus e do Programa Nacional de Imunização.

O GSI não divulgou quais serviços ou ministérios foram atacados, apenas que “ocorreram incidentes cibernéticos contra órgãos de Governo em ambiente de nuvem”.

Segundo a nota, os provedores de serviços em nuvem estão cooperando com o governo para resolver o problema e que o governo está atuando “de forma coordenada para a retomada dos serviços, que estão sendo reativados à medida em que o tratamento ocorre”.

O GSI informou que diversas equipes estão sendo “orientadas sobre os procedimentos de preservação de evidências” e que as “orientações emitidas têm seguido rigorosamente as boas práticas de tratamento de incidentes”. Segundo a nota, a colaboração entre os diversos órgãos envolvidos tem sido fundamental e efetiva.

O grupo hacker Lapsus$ Group assumiu a autoria da invasão que tirou do ar o site do ministério, o Painel Coronavírus, o e-SUS Notifica, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) e o Conecte SUS, que exibe dados de vacinação contra a covid-19. A plataforma de controle e registro das pessoas vacinadas no País ainda segue sem apresentar as informações dos cidadãos, mas, como informaram os técnicos da Saúde, não há risco de perda de informações.

A Polícia Federal (PF) e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) seguem desde sexta-feira trabalhando para elucidar o caso. A PF instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e os envolvidos no ataque.

O Núcleo de Operações de Inteligência Cibernética é o responsável por conduzir as investigações, que neste momento se encontram em fase de perícia preliminar. A força tarefa montada para identificar os autores do atentado cibernético, e mensurar os danos causados, constatou que os bancos de dados não chegaram a ser criptografados pelos hackers. (AE)

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