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OMS recomenda vacinação em massa de crianças contra a malária

Em decisão histórica, organização indica aplicação de quatro doses do imunizante RTS,S/AS01, que já foi testado em 800 mil crianças

Enfermeira aplicando vacina em criança, alusivo à vacinação contra a malária

Recomendação da OMS é direcionada às crianças que vivem em regiões de risco, com taxas moderadas e altas de transmissão, como a África Subsaariana | Foto: Getty Images

Em decisão histórica, a Organização Mundial da Saúde recomendou oficialmente nesta quarta-feira, 6, a vacinação em massa de crianças contra a malária.

A indicação da entidade é direcionada aos pequenos que vivem em regiões de risco, com taxas moderadas e altas de transmissão, como a África Subsaariana.

Sendo assim, a recomendação é do uso de quatro doses da vacina RTS,S/AS01 em crianças a partir dos cinco meses de idades. A pandemia de covid-19 não interfere no processo.

O imunizante foi desenvolvido ao longo de 30 anos pelo laboratório GSK.

A pesquisa teve o apoio de entidades como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), centros de pesquisa africanos e da Path, entidade de apoio à saúde.

Recomendada pela OMS, a vacinação contra a malária é sustentada por bons resultados de um programa piloto com 800 mil crianças de Gana, Quênia e Malaui.

Detalhe de uma dose do imunizante RTS,S/AS01, usado no programa piloto de vacinação contra a malária na África | Foto: Divulgação/OMS
Detalhe de uma dose do imunizante RTS,S/AS01, usado no programa piloto de vacinação contra a malária na África | Foto: Divulgação/OMS

Dessa forma, a administração das doses do imunizante reduziram em 30% os casos graves e mortais da doença.

Até o momento, 2,3 milhões de doses da RTS,S/AS01 foram administradas na África, informou a organização.

Ao todo, está prevista a aplicação de 10 milhões de doses do imunizante ao longo de todo o programa.

Próximos passos da vacinação contra a malária

Ainda segundo a OMS, o programa piloto continuará nos três países africanos.

O objetivo, neste caso, é “entender o valor agregado da 4ª dose da vacina e medir o impacto de longo prazo nas mortes infantis”.

Em seguida, a organização buscará fontes de custeio para ampliar a oferta do imunizante da GSK pelo mundo.

Por fim, a entidade trabalhará com os países mais afetados para que adotem a vacinação contra a doença em suas estratégias nacionais de imunização.

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