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Ilha inglesa quer usar ondas e marés para gerar energia

Em um movimento crescente na Europa, as Ilhas Scilly estudam o aproveitamento do potencial marinho para gerar energia

energia marinha

Pesquisadores vão coletar informações sobre altura de ondas, velocidade dos ventos e fluxo de marés para geração de energias limpas | Foto: Getty Images

Um projeto de pesquisa vai medir o potencial de geração de energias limpas com aproveitamento das marés, ondas e ventos na costa da Inglaterra.

O projeto será baseado nas Ilhas de Scilly, um arquipélago localizado a sudoeste de Londres, com apoio das empresas Planet A Energy e Waves4Power.

Em um comunicado no início desta semana, a empresa de tecnologia marinha Marine-i, financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, informou que o objetivo da iniciativa ‘Isles of Scilly‘ é buscar informações sobre as ondas e marés para estudar seu potencial de aproveitamento.

Os dados terão métricas como altura de ondas, velocidade dos ventos e fluxo de marés. Entre os parceiros do consórcio de pesquisa estão as Universidades de Exeter e de Plymouth e empresas de energia renováveis.

“Estando localizado a quase 50 km da costa, o potencial marinho é uma escolha natural para tornar a ilha Scilly autossuficiente em energia”, disse Jim Wrigley, das Ilhas de Scilly Community Venture, em entreviata à rede CNBC.

Potencial marinho é uma alternativa para tornar ilha autossuficiente | Foto: Getty Images

Novos projetos de aproveitamento das marés

Com vasto litoral, o Reino Unido abriga uma série de projetos e iniciativas relacionadas à energia marinha. Recentemente o país anunciou que cerca de 7,5 milhões de libras (cerca de R$ 58 milhões) de financiamento público para apoiar o desenvolvimento de oito projetos de energia de ondas liderados por universidades britânicas.

A autoridade do porto de Londres também iniciou testes de tecnologia de energia de marés em uma seção do Tâmisa, um movimento que poderia eventualmente ajudar a descarbonizar operações ligadas ao rio.

A pesquisa e o desenvolvimento focados neste tipo de tecnologias não se restringem ao Reino Unido. A empresa de energia marítima Minesto, que está desenvolvendo um projeto de energia de marés nas Ilhas Faroé, disse que sua usina DG100 gerou eletricidade compatível com a rede em níveis recordes.

E em fevereiro, foi anunciado que uma turbina de maré construída e testada na Escócia havia sido instalada em águas do arquipélogo do Japão. Em um comunicado na época, a empresa listada em Londres Simec Atlantis Energy disse que sua turbina piloto havia gerado 10 megawatts-hora em seus primeiros 10 dias de operação.

Dados recentes da Ocean Energy Europe mostram que apenas 260 quilowatts (kW) de capacidade de fluxo de marés foram adicionados na Europa no ano passado, enquanto apenas 200 kW de energia de onda foi instalado.

Em contrapartida, 2020 viu 14,7 gigawatts de capacidade de energia eólica instalada na Europa, de acordo com o órgão da indústria WindEurope.

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