Com voto do Brasil, Assembleia-geral da ONU condena invasão da Ucrânia
141 países votaram a favor da resolução contra a Rússia e cinco foram contra, sendo que 35 se abstiveram, entre eles a China
02/03/2022A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução que condena a invasão da Ucrânia pela Rússia. Do total, 141 países votaram a favor e 5 contra, sendo que tiveram 35 abstenções.
O Brasil votou a favor da resolução, enquanto a China esteve entre os que se abstiveram.
Saiba mais
- Como a crise na Ucrânia afeta o Brasil
- Desafios de 2022: como aproveitar as oportunidades e riscos
- A invasão da Ucrânia e os impactos para os mercados
Durante a reunião, o embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho, afirmou, após votar a favor da resolução que condena a invasão russa à Ucrânia, que além dessa medida, para alcançar a paz, mais passos precisam ser seguidos a fim der gerar um cessar-fogo.
Costa Filho defendeu a resolução e disse que ela representa um “pedido de paz” pela comunidade internacional. “Continuamos a favor de uma solução diplomática entre Ucrânia e Rússia”, destacou.
A embaixadora dos Estados Unidos na organização, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a Rússia está se preparando para aumentar a “brutalidade” contra a Ucrânia, o que, para ela, pode ser observado diante dos recentes ataques.
Em discurso na ONU, Greenfield destacou que a Rússia não esperava que o povo ucraniano reagiria e lutaria “bravamente”. Segundo ela, é papel das Nações Unidas lutar para parar a guerra. A embaixadora ainda pediu que a Rússia respeite a soberania da Ucrânia e instou Belarus a parar de apoiar os russos.
Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi questionado se considera impor sanções à importação de petróleo russo. “Todas as possibilidades estão abertas”, reforçou o líder americano. Quanto à permanência do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, em seu país, Biden disse que cabe ao líder da Ucrânia decidir e que sua administração está fazendo “tudo o que pode” para ajudá-lo.
Mais sanções contra a Rússia pela União Europeia
Membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane comentou nesta quarta-feira que a invasão militar da Rússia na Ucrânia é um momento triste para a Europa. Segundo ele, o BCE “monitora de perto” a situação e implementará as sanções adotadas, seja pela União Europeia como um todo ou por países específicos do bloco.
Além disso, ele garantiu que o banco central garantirá a liquidez e também o acesso a dinheiro para os cidadãos da zona do euro, além de reafirmar que o BCE “está pronto para adotar qualquer ação necessária para cumprir suas responsabilidades a fim de garantir a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na zona do euro”.
Lane falou em evento da Hertie School, de Berlim. Em sua fala, ele discutiu a estratégia de política monetária do BCE, comentando por exemplo a mudança feita anteriormente pelo banco central, para almejar agora uma meta de 2% de inflação, quando antes ela era de “quase 2%”. O dirigente enfatizou a importância de que, diante de altas nos preços, o BCE atue para evitar que as pressões de altas na inflação acabem por ficar “enraizadas nas expectativas” inflacionárias. (AE)