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Mario Mello

A vida nos tempos dos aplicativos

No final dos anos 1990, na privatização do sistema telefônico, jamais se poderia imaginar tal velocidade de atualizações e avanços de celulares e aplicativos

Aplicativos

As novas tecnologias trouxeram muito mais benefícios que prejuízos nas últimas duas décadas | Foto: Getty Images

A gente não se dá conta do tanto que as coisas evoluíram nos últimos anos. Mas, se pararmos para pensar, quase tudo pode ser resolvido nos clicks de um smartphone. Você se alimenta, bate papo, manda mensagens, procura emprego, namora, estuda, faz amigos, se atualiza, assiste a filmes, faz serviços de banco, abre contas, faz live, vê o clima, baixa arquivos e aplicativos, se orienta pela cidade, tira foto, publica suas notícias, comenta a dos amigos, compra de tudo, reclama, interage com o governo.

Eu poderia ficar aqui escrevendo pelo menos mais uns três parágrafos sobre as coisas que estão disponíveis. Tudo isso se dá graças à era digital. As novas tecnologias nos trouxeram com certeza muito mais benefício que prejuízo. Já imaginou fazer tudo isso de modo convencional, indo pessoalmente ou dependendo de telefonemas ou da boa vontade de empresas e instituições? Nem dá para imaginar mais isso.

A verdade é que há APP para tudo, e se ainda não há para alguma coisa, certamente está em gestação pelas mãos de algum especialista em captar as necessidades e transformá-las em um novo aplicativo.

Além dos aplicativos existentes, há a evolução dos que já existem, e tudo isso vai ganhando cada vez mais força e exercendo de forma silenciosa uma transformação na vida de todos nós. Parece que ontem vivíamos sem tudo isso e hoje, quando analisamos o cenário de forma fria, sabemos que foi preciso uma travessia razoavelmente longa para chegarmos onde estamos.

E tudo isso graças ao celular, que por si experimentou uma evolução sem precedentes no campo das invenções e suas atualizações. É certo que muita gente acha que as coisas aconteceram rápido demais, olham com saudosismo para o tempo em que a vida não era tão acelerada, quando as pessoas se visitavam mais, mandavam cartas, se falavam mais. Mas era também um tempo quando a gente comprava um telefone fixo a prestação, ficava na fila esperando a chegada do plano de expansão, uma instalação que muitas vezes demorava mais de dois anos. E o pagamento da linha tinha um preço tão alto que virava um ativo e precisava ser declarado no Imposto de Renda na categoria de bens adquiridos. Mais que isso, o dono virava acionista da Telebrás, tamanho era o investimento.

No final dos anos 1990, quando houve a privatização do sistema telefônico, jamais se poderia imaginar que haveria essa velocidade de atualizações e avanços. Hoje, pouco mais de 20 anos depois, de forma significativamente barata, a maioria da população tem acesso a celulares inteligentes e que permitem todos os acessos que preencham suas necessidades. O mesmo celular que promove entretenimento e permite falar com o mundo. Daí fico pensando: O que será que ainda vem por aí?

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Mario Mello é diretor Digital do Banco Safra. Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP, ele possui grande experiência em tecnologia e foi diretor geral da América Latina do PayPal, serviço de pagamentos, compras e vendas online fundado por Elon Musk.

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