O segundo semestre de 2021 não foi apenas marcado por uma retração forte no consumo dos produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Inaugurou, na verdade, uma tendência de viés de queda nos indicadores que se mantém até o momento atual. Com uma queda de 7% nas vendas no ano passado, o setor registrou um primeiro trimestre em 2022 muito aquém de nossas expectativas.
Os fatores que provocam esse cenário desafiador podem ser agregados em dois grupos, ou seja, os externos e os internos. Em relação ao primeiro deles, a economia externa, que foi amplamente afetada pela pandemia e agora sofre com as consequências da guerra entre a Rússia e Ucrânia, tem apresentado altas nos preços dos insumos e muita instabilidade nos custos logísticos.
Já em relação ao segundo, dentro de casa, também temos nossos problemas. Com a alta taxa de juros, inflação muito acima da média dos últimos anos, instabilidade cambial e outros indicadores que assustam como, por exemplo, o desemprego e a queda na renda das famílias, fenômenos também agravados na pandemia, nos resta propor um olhar mais estratégico para repensarmos uma nova retomada para nossa economia.
Um olhar do Poder Público para políticas de estímulo ao consumo e medidas focadas na redução do Custo Brasil são mais que muito bem-vindas neste momento, são urgentes e necessárias as suas implementações imediatamente. Isso passa também pela manutenção das melhores práticas na condução macroeconômica.
Nossa indústria, que vem se esforçando ao máximo para manter sua operacionalidade, absorvendo custos e mantendo seus empregos, se empenha para que tenhamos a retomada com o retorno ao consumo.
O dia das mães, comemorado em maio, é uma data relevante para nosso setor e marca a proximidade do segundo semestre que é sazonalmente o momento mais importante para as vendas. Temos, então, uma bela oportunidade para virarmos esse jogo. Que seja agora!!