Desde o fim da pandemia as pequenas empresas têm sido um dos principais motores para a recuperação da economia americana. Espalhadas por todos os cantos do país, elas vêm gerando empregos e renda de forma consistente, do coração das grandes metrópoles até as menores cidades dos Estados Unidos. Nesse longo processo de retomada, elas têm mostrado uma resiliência impressionante, ajudando a manter o dinamismo econômico local e nacional.
Mais de três milhões de novos negócios foram registrados nos EUA em 2024, de acordo com dados recentes do Census Bureau. Esse número supera a taxa de crescimento de oito dos últimos 10 anos, mostrando que os americanos estão aderindo ao empreendedorismo em níveis quase recordes.
Mais empreendedores estão recorrendo à Small Business Administration (SBA), órgão federal de apoio aos pequenos negócios, para obter ajuda com financiamento. A agência já concedeu 58.849 empréstimos para pequenas empresas neste ano, acima dos 57.362 no ano passado e 51.856 em 2021.
O Federal Reserve (FED) deu um passo importante ao reduzir a taxa de juros em 0,5 pontos-base. Isso significa um incentivo direto para as pequenas empresas, que agora podem ter mais facilidade para acessar crédito e investir em seus negócios. Com o crédito mais barato, muitos empreendedores terão a oportunidade de expandir suas operações, inovar e, principalmente, contratar mais pessoas.
Esse cenário de queda dos juros vem em um momento crucial, já que o aumento dos custos de financiamento nos últimos meses havia começado a frear a capacidade de crescimento de muitos negócios. A decisão do FED, portanto, não apenas alivia essa pressão, mas também renova o otimismo entre os empresários, que agora podem olhar para o futuro com mais confiança.
Com as eleições presidenciais se aproximando, os pequenos negócios ganharam ainda mais destaque nas propostas dos principais candidatos. Afinal, esses empreendimentos são uma peça fundamental na economia americana, responsáveis por gerar milhões de empregos e impulsionar o desenvolvimento local.
Tanto a campanha Democrata quanto a Republicana têm apresentado propostas que visam facilitar ainda mais a vida dos empreendedores, seja por meio de incentivos fiscais, programas de inovação, cortes de impostos ou mais opções de crédito. Esse foco nas pequenas empresas é estratégico, uma vez que elas não só sustentam a economia, mas também representam o espírito empreendedor que define boa parte da identidade americana.
A força das pequenas empresas nos Estados Unidos oferece importantes parâmetros para o Brasil. Em ambos os países, os pequenos negócios desempenham um papel crucial na criação de empregos e oportunidades. Contudo, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos, como o difícil acesso ao crédito e a burocracia, que muitas vezes desencorajam novos empreendedores.
Seguir o exemplo americano pode significar melhorar o ambiente de negócios, com mais foco em iniciativas que facilitem o crescimento dessas empresas. Programas que incentivem a inovação e a digitalização, por exemplo, podem abrir portas para que os pequenos negócios no Brasil se tornem mais competitivos, como já acontece nos Estados Unidos. No Brasil, muitas iniciativas já estão sendo discutidas e implementadas, como o incentivo à digitalização e o fortalecimento e ampliação de programas de microcrédito.
As pequenas empresas americanas estão se beneficiando de um cenário econômico que valoriza a inovação e incentiva o empreendedorismo. No Brasil, embora os desafios sejam diferentes, o caminho para fortalecer pequenos negócios também passa por um ambiente que promova a criatividade e facilite o acesso a recursos e apoio. O futuro do desenvolvimento econômico em ambos os países depende de políticas que reconheçam a importância dessas empresas, que são o coração pulsante de qualquer economia sólida.
Com apoio e incentivos adequados, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, os pequenos negócios podem ser a chave para um crescimento inclusivo e sustentável, ajudando a construir uma economia mais dinâmica, inclusiva e resiliente.