Meu último artigo de 2021 aborda um dos temas mais interessantes e pouco explorados no futebol brasileiro: o humor esportivo.
Não há dúvidas que humor gera audiência e vende muito!
Tenho trabalhado em projetos bastante disruptivos e desafiadores, alguns diretamente com eSports. Os jogos online são uma febre, definitivamente o que há de mais impactante em termos de marketing no digital.
O modelo é: pessoas comuns, cerca de 80 milhões no Brasil jogam, publicam nas redes sociais e assistem aos profissionais no Twitch, tudo online.
No mundo já são 2,8 bilhões de pessoas. Faturamento do setor atingiu US$ 175 bilhões em 2021, segundo a Newzoo. A pandemia acelerou muito o setor.
No Brasil, o mercado gamer já movimenta US$ 2,1 bilhões, mais que os clubes de futebol somados.
Entre os gamers e os jogadores profissionais existe a figura do influencer. Um apaixonado por games que publica suas jogadas, mas que seu forte é ser influencer. Faz brincadeiras, tira sarro, informa com bom humor.
E é graças a esses influencers, com milhões de seguidores, que os projetos acontecem. Que os patrocinadores se envolvem, que as vendas online são impulsionadas.
Os streamers/influencers agregam milhões de usuários ao time e à competição que estão conectados. É como se o Galvão Bueno ou Cleber Machado atraíssem a audiência significativa para as transmissões.
Quanto mais o influencer gerar impacto, mais receitas de patrocínios, ações promocionais/comerciais e vendas no e-commerce.
Mais de 28 milhões de pessoas no Brasil assistem a conteúdos gamer na internet atualmente.
E o futebol?
Analisando o modelo de eSports e humor, fiquei interessado em entender sua aderência ao futebol. Mas muito além de charges ou tiração de sarro de rivais.
Lancei em meu perfil do Twitter uma enquete perguntando: “se a transmissão do jogo do seu time fosse idêntica, uma no modelo atual e outra com humor, qual escolheria?”.
Nada menos que 30% dos 261 votos em 24 horas apontaram que preferiam o humor esportivo.
Cada vez mais uma transmissão terá que inovar. O olhar é sempre para tecnologia e imagem, que evoluíram muito. É incrível a capacidade tecnológica para transmissões esportivas atualmente.
Mas bons humoristas/torcedores, influencers consagrados/torcedores, agregariam muito às transmissões, especialmente entre o público jovem, que considera os 90 minutos de futebol monótonos.
Dependendo do target que uma marca quer atingir, o humor esportivo pode ser um dos melhores caminhos. Futebol é diversão, alegria e entretenimento.
Por que não importar conceitos modernos e altamente rentáveis do mundo dos eSports?
Feliz 2022!