O avanço da vacinação no país e o resultado positivo do PIB no primeiro trimestre, ficando acima do esperado pelo mercado, são sinais positivos e que trazem maior confiança para o setor produtivo em relação ao segundo semestre.
Entretanto, não podemos desconsiderar riscos importantes, que podem comprometer a realização destas boas expectativas.
Além dos fatores macroeconômicos, como a inflação, a incerteza sobre a realização de uma reforma tributária consistente e uma cada vez mais iminente crise hídrica, devemos torcer para um melhor desempenho do consumo nos próximos meses.
Para que isso ocorra, de fato, se faz necessária uma recuperação mais acelerada do setor de serviços, que responde por 70% do PIB e pela maior fatia dos empregos e renda das famílias.
Em relação ao setor de eletroeletrônicos, os custos elevados dos insumos, em especial o aço, promovem forte impacto sobre os preços dos produtos, o que em última instância pode gerar alguma retração nas vendas.
Os indicadores da economia internacional indicam estabilização na demanda do aço, embora ainda não tenha refletido internamente. Outro aspecto positivo é que o dólar vem perdendo força e o real valorizando.
Neste cenário de sinais ainda contraditórios, aguardamos os indicadores do segundo trimestre para projeções mais assertivas para o segundo semestre. Tradicionalmente, a segunda metade do ano representa um período de aquecimento nas vendas.
Fecharmos 2021 com indicadores semelhantes aos registrados em 2019 e superarmos de vez as retrações experimentadas na pandemia é não apenas o nosso desejo, mas tenho certeza que o desejo de todo o setor produtivo.