O futebol europeu vive nesse momento um profundo impacto negativo em suas finanças por conta da covid-19. O mercado europeu fatura muito com a exibição do futebol e suas perdas foram abissais.
Em meio a pandemia, a ECA (European Clubs Association), entidade de classe que representa os interesses dos clubes de futebol da Europa publicou um estudo estarrecedor!
Naquele momento, a entidade já projetava a redução de receitas em dois anos do futebol europeu em 5 bilhões de euros (R$ 33,6 bilhões), parte na temporada 2019-20 e, principalmente, em 2020-21.
Isso porque a pandemia cortou receitas a partir de janeiro/21, quando uma boa parte dos campeonatos já tinha ocorrido. Em 2021, a crise será ainda mais profunda.
O grande problema da pandemia é que o orçamento já estava definido, contrações caríssimas, salários exorbitantes, dívidas bancárias, enfim, clubes sempre atuando muito alavancados financeiramente.
A pandemia implodiu as receitas e os custos não puderam ser cortados na mesma proporção. Quem estava desequilibrado ruiu financeiramente.
Os números financeiros de 2020
Até o momento os dados apresentados por muitos clubes são piores do que anteriormente se imaginava. Houve perdas de receitas generalizadas com enorme peso para o matchday (dia do jogo) e direitos de TV.
Todos os clubes europeus sofreram cortes de receitas e os mais alavancados, quer dizer, os que mais dependiam de recursos de terceiros para sua operação, foram o que mais sofreram.
O pior resultado até o momento foi da Roma da Itália, com 204 milhões euros (R$ 1,37 bilhão) de perdas líquidas em 2020, seguido do Milan, com -195 milhões de euros (R$ 1,31 bilhão) e Everton, com -158 milhões de euros (R$ 1,06 bilhão).
Segundo análise da Sports Value, 18 times apresentaram perdas de 1,8 bilhão de euros (R$ 12 bilhões) na temporada 2020-21. As perdas passarão seguramente dos 2 bilhões de euros (R$ 13,4 bilhões), o que representará o pior resultado da história do futebol da Europa.
O Barcelona, por exemplo, fechou o ano com perdas de 97 milhões de euros (R$ 651 milhões), enquanto seu rival Real Madrid encerrou o ano com lucro de 300 mil euros (R$ 2 milhões).
O Real tomou uma atitude drástica em meio à pandemia e cortou em 10% todos os salários do clube, de jogadores e comissão técnica a executivos e funcionários do administrativo.
Isso resultou em uma economia de 60 milhões de euros (R$ 403 milhões), e equilíbrio orçamentário, que junto com outras ações ajudaram o clube a fechar no azul, mesmo com uma folha salarial altíssima e corte nas receitas.
Outro clube que encerrou 2020 com lucros foi o Bayern de Munique, que apresentou lucro líquido de 6 milhões de euros (R$ 40,3 milhões). Uma solidez impressionante. Outro bom exemplo o Ajax, que fechou a temporada com lucros de 20 milhões de euros (R$ 134 milhões).
Isso comprova que, na crise, os clubes e empresas melhor administrados mantém o equilíbrio mesmo nas adversidades.
E saem mais rápido delas para acelerar muito mais rápido que seus concorrentes.
Por este link você pode conhecer como o Grêmio driblou a pandemia e fechou com superávits de US$ 7 milhões (R$ 38 milhões).