Um cenário com inflação em alta, juros em elevação e autoridades monetárias se desdobrando para tentar trazer a economia de volta ao eixo, sem causar uma recessão, tem sido a tônica dessa primeira metade do ano de 2022.
Tal quadro tem levado muitas pessoas a refletirem sobre a importância de preparar e colocar em prática um planejamento financeiro. Seja para deixar a casa em ordem no curto prazo, ou para acumular uma reserva de segurança para momentos mais desafiadores, a disciplina financeira precisa ser algo constante.
Seguindo a sábia premissa de que dinheiro não aceita desaforo, um bom planejamento financeiro é fundamental e deve sempre levar em conta a importância de viver dentro de suas reais possibilidades. Planejar, poupar e investir não significa não consumir. Mas sim adiar o consumo, principalmente o de bens e serviços não-essenciais para um momento futuro. Com recursos em caixa e uma melhor saúde financeira ganha-se poder na negociação para o consumo de uma forma geral. Em resumo, evite os apelos de curto prazo, como o consumo ostentação, e uma vida alavancada.
Nos Estados Unidos, após a pandemia de covid-19, o mercado de trabalho viveu um boom de aposentadorias de profissionais de nível mais sênior. O medo de contrair o vírus naquele momento era o risco a ser evitado. Mas poucos foram os que se preocuparam com a saúde física e com a saúde financeira ao mesmo tempo. O resultado é que agora em condições mais normais, muitos recém-aposentados estão de volta ao mercado de trabalho buscando recompor, ou mesmo construir, alguma reserva financeira que lhes permita encarar a vida sem um descasamento entre receitas e despesas.
Gerar capital excedente leva tempo, disciplina e uma certa dose de paciência. Mas é recompensador saber que pode-se planejar a compra da casa própria, a formação dos filhos, o investimento em um novo negócio, ou mesmo a aposentadoria, por exemplo, e seguir vivendo de maneira confortável, colhendo os frutos de uma boa estratégia financeira.
Você já deve ter ouvido que a economia se comporta em ciclos: expansão, picos de crescimento, contração e recessão, cada um com características próprias. Mas nada é uma constante e a duração de cada ciclo depende de uma série de fatores relacionados com a dinâmica da própria economia de cada país.
Muitos americanos acreditaram que o ciclo de crescimento seria duradouro com inflação e juros em baixa. Portanto, não seria necessário se preocupar com o futuro financeiro. O pós-pandemia mostrou que a realidade não é bem assim. A inflação girando em 8,6% no acumulado em 12 meses, o maior nível em quase 41 anos, não deixa dúvidas de como os ciclos econômicos atuam.
Sendo assim, não espere a próxima crise para começar a se preocupar com suas finanças e proteção patrimonial. Planejamento financeiro é um ato de amor por você e por sua família no presente e, principalmente, no futuro.