Em agosto de 2024, o Estado de São Paulo registrou um aumento alarmante nos incêndios florestais, com mais de 51 mil focos detectados, um aumento de 853% em relação à média histórica de 10 anos. Essas queimadas devastaram aproximadamente 100 mil hectares de plantações, afetando principalmente cana-de-açúcar em produção e áreas de rebrota. Estima-se que as perdas superem R$ 2 bilhões.
Calcula-se que 231.830 hectares de plantações de cana foram atingidos. Aproximadamente 1,5% da produção total de São Paulo, ou cerca de 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, foram queimados.
A cana queimada começa a perder qualidade após 48 horas devido à contaminação por microrganismos, o que dificulta o processo de industrialização. A eficiência industrial também é afetada, com aumento de impurezas e diminuição do teor de sacarose, comprometendo a produção de açúcar e etanol .
O calor dos incêndios danificou gravemente as raízes das áreas de rebrota, comprometendo a produtividade da próxima safra e aumentando os custos com replantio e reaplicação de insumos
Os solos afetados perderam nutrientes essenciais, como potássio, fósforo e nitrogênio, além de sofrerem maior compactação e erosão, reduzindo sua capacidade de retenção de água.
Os incêndios resultaram em custos adicionais para as usinas, incluindo a necessidade de limpeza das áreas afetadas e possíveis investimentos em práticas mais sustentáveis, como colheita mecanizada.
A previsão de tempo seco e temperaturas elevadas para setembro aumenta o risco de novas queimadas, exigindo monitoramento constante e ações preventivas.