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Redação

Após semestre difícil, 2022 traz oportunidades para investidores

Com precatórios e Auxílio Brasil equacionados, fim do ano chegou com melhora nos indicadores financeiros

analise safra

A Bolsa brasileira foi o melhor ativo nacional para o mês de dezembro, subindo 2,9% | Foto:Getty Images

O mês de dezembro representou um alento em um 2021 conturbado. O ano que parecia não ter fim acabou com uma recuperação dos índices locais, diminuindo um pouco as perdas dos ativos nos últimos 12 meses.

Com a Bolsa para cima, dólar para baixo e os índices de renda fixa no terreno positivo, os portfólios se comportaram muito bem, para alívio dos investidores em geral.

O nada fácil ano de 2021 nos tomaria, certamente, muito mais do que uma página para um resumo. Desde o início da vacinação, ciclo iniciado pela Inglaterra no final de 2020, até o momento, a Covid-19 dividiu atenções com números preocupantes de inflação e com bancos centrais mundo afora iniciando ou alertando para o início dos apertos monetários.

Tivemos a impressão de que o biênio 2020 e 2021 foi um só, e a contar do surgimento da nova variante e a explosão recente de casos no mundo todo, inclusive com números recordes, precisamos estar atentos a 2022.

Além dos esforços para contenção da doença e de domar a inflação mundial, o Brasil adiciona a esses desafios a realização de eleições em outubro próximo. Definitivamente este ano que entra não será calmo. Como diria a canção, é preciso estar atento e forte.

Ainda assim, equacionamos no Brasil duas questões que nos tomaram praticamente todo o segundo semestre: o Auxílio Brasil e a PEC dos Precatórios.

Diante de toda a suspeição das propostas em relação à responsabilidade fiscal, o mercado parece ter encontrado um ponto de convergência. A solução dessa questão trouxe alívio nos mercados de juros. Dentro desse contexto, o Banco Safra vê uma melhora generalizada nos diversos indicadores financeiros.

Ainda com um CDI mensal melhor para os investidores, os fluxos de captação surpreenderam em pós, pré e índice de preços. As rendas fixas atreladas a índices de inflação, medidas pelo IMA-B, subiram 0,2% em janeiro, mas com recuo de mais de 1% acumulado no ano. O IRF-M, índice de títulos de renda fixa prefixados, comportou-se ainda melhor, subindo 1,9%, mas deixando uma queda de quase 2% em 2021.

Entretanto, ao apagar das luzes do ano, sanciona-se a desoneração das folhas de pagamento com dúvidas em relação ao lado fiscal. E dá-lhe volatilidade novamente no mercado de juros.

Ainda que sabedor dos riscos inerentes ao ano, as recomendações do Safra em juros mantêm-se e até ampliam-se, a partir da visão de que os prêmios embutidos nas curvas são bastante atraentes. E que a a projeção de inflação do banco para 2022 se sustentará em patamares altos, em torno de 4,7%, mas certamente muito mais bem comportada do que em 2021.

A Bolsa brasileira foi o melhor ativo nacional para o mês de dezembro, subindo 2,9%, recuperando um pouco as perdas no ano, que foram relevantes, perto de 12%, sobretudo se comparado com o bom desempenho internacional.

O Safra ainda deposita confiança nas alocações mistas de renda variável, local e internacional, para o ano de 2022, apesar de as revisões de crescimento para o Brasil se mostrarem cada vez mais modestas.

Mas o Safra enxerga valor em diversas oportunidades nos ativos da classe. Para o exterior, que cada vez mais desempenha um papel relevante nas alocações recomendadas, a visão segue ainda mais otimista, ainda que com toda a cautela necessária diante do cenário inflacionário internacional e de como os bancos centrais enfrentarão seus desafios.


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