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Claudio Felisoni de Angelo

Avanço tecnológico: concretude e aceleração dos movimentos

Tecnologia amplia a compreensão do comportamento de funções matemáticas projetadas por softwares gráficos tridimensionais

Vibra

Softwares de projeção espacial ampliam possibilidades de comunicação e educação | Foto: Reprodução

Há um pensamento atribuído a Confúcio “Ouço esqueço. Vejo recordo. Faço compreendo”. Realmente o fato de fazer amplifica a capacidade de perceber e acontece, evidentemente, em algum lugar em um determinado tempo. É sobre o tempo e o espaço que vamos discorrer brevemente. Uma reflexão motivada por um casual recente achado no Youtube, devidamente apontado abaixo, e de grande impacto para minha área de atuação: a Educação, em especial, os programas de formação e atualização de executivos.

Antes, porém de trazer o que despertou o meu interesse é importante contextualizar a mencionada motivação no âmbito dessas duas dimensões que definem aquilo que chamamos realidade. A evolução da tecnologia tem claramente dois aspectos: concretude e aceleração dos movimentos.

Inicio pela aceleração dos movimentos. Para evidenciar esse aspecto, óbvio, diga-se de passagem, alguns exemplos colocados em perspectiva suportam essa constatação. Superamos uma pandemia graças ao desenvolvimento velocíssimo de diversas vacinas contra a Covid-19. É bom lembrar que a vacina contra o sarampo, a mais rápida antes do vírus provocador da atual pandemia, foi identificado em 1953. Porém a vacina só foi aprovada dez anos depois, em 1963.

Algo inusitado? Nem tanto, considerando que os tempos vem sendo acentuadamente reduzidos ao longo dos anos. Estima-se que a peste bubônica vitimou entre 75 e 200 milhões de indivíduos ao longo do século XIV. Apesar do impacto devastador da doença o mecanismo de transmissão só foi identificado em 1894, pelo médico francês Alexander Yersin. Ou seja, foram necessários nada menos que cinco séculos.

O outro aspecto do desenvolvimento tecnológico é a concretude. Aqui dois exemplos revelam o que se pretende dizer. Os computadores pessoais funcionavam com o chamado sistema operacional DOS. O Windows foi uma revolução. Qual a diferença? O processo de navegação emulava a forma como os indivíduos agem, ou seja: pegam, arrastam e deslocam coisas.

O outro exemplo é o alargamento da compreensão do comportamento de funções matemáticas projetadas por softwares gráficos tridimensionais. Pode-se mais que intuir de fato ver os pontos de
máximo, mínimo as descontinuidades, tudo isso representado no espaço de forma colorida.

Os endereços abaixo estão definidos nesse contexto, isto é, trazem mensagens sintéticas (1 e 2), nos moldes do que vivemos, e revelam a preocupação com concretude, ou seja, a projeção espacial (2B). O primeiro link é um vídeo representando de forma lúdica e bem-humorada o desempenho da polemica Americanas. O material estimula o debate. Os dois próximos links são ainda mais interessantes. O (2A) mostra a operação da Vibra. O (2B) aponta como os designers, considerando a Vibra, estão ambientando as discussões a partir de modelos espaciais. Esses materiais quando amplamente desenvolvidos serão, sem dúvida, uma valiosa contribuição para a Educação. Estamos diante de uma tendência.

(1) https://www.youtube.com/watch?v=EKS0tT0FitU
(2A) https://www.youtube.com/watch?v=EKS0tT0FitU
(2B) www.venn-studios.com/vibra


Claudio Felisoni de Angelo é professor e coordenador de Projetos da FIA Business School, ligada à Fundação Instituto de Administração da USP. Preside o conselho Laboratório de Finanças e Programa de Administração de Varejo da FIA. É professor titular do Departamento de Administração de Empresas da FEA/USP e presidente do IBEVAR - Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo.

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